Sindicato sem fronteiras aposta em Cidadania

Barba com os companheiros na Sogefi, em São Bernardo, durante assembleia eleitoral

Na segunda matéria da série sobre as diretrizes definidas pelo Sindicato, a Tribuna aborda o eixo Cidadania, um dos quatro temas que irão nortear as ações da entidade. Os demais são Trabalho, Comunicação e Educação. O diretor Administrativo do Sindicato, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, explicou como o tema está inserido no conceito de Sindicato sem fronteiras e em suas ações para a construção de um País mais justo e solidário.

Tribuna Metalúrgica– Por que Cidadania está entre os eixos definidores das ações dos Metalúrgicos do ABC?

Barba – O tema não é novo no Sindicato, ao contrário. Já tínhamos a percepção de que muitas vezes os problemas dos trabalhadores não se resumiam aos limites dos muros da fábrica. Por isso o Sindicato passou a enxergar os companheiros como um ser social, com necessidades que começam na sua casa, no seu bairro, na sua cidade. Daí a importância dos Metalúrgicos do ABC se tornar um Sindicato Cidadão, como decidimos em Congresso da categoria. A partir de então incorporamos à estrutura sindical as Comissões de Igualdade Racial, de Mulheres, de Juventude e de Trabalhadores com Deficiência. Além disso, também temos dirigentes atuando em vários conselhos da sociedade organizada, como Conselho de Saúde, de Educação, de Mobilidade Urbana, entre outros.

TM – Qual é a importância do Sindicato participar destes fóruns?

Barba – É de extrema importância porque representamos mais de 100 mil trabalhadores, que conhecem e enfrentam os problemas em seus bairros e, portanto, contribuem com o debate com muita qualidade.

TM – Além destes fóruns de debate social, onde mais o Sindicato pode contribuir na busca da cidadania?

Barba – Uma sociedade mais justa e democrática, com garantia de oportunidades para homens e mulheres, começa a ser construída com o exercício cidadão de participação e de propostas de ações concretas. O Sindicato vem mais uma vez reafirmar sua vocação cidadã quando se propõe a ultrapassar limites da fábrica, dos bairros, da região e até do País. Por isso, os Metalúrgicos do ABC são referência no sindicalismo, por seu pioneirismo. Não temos medo do debate de ideias, ao contrário, acreditamos neste exercício saudável de democracia, em qualquer lugar, no ABC ou no mundo.

“Comissões temáticas qualificam debate”, diz Ana Nice

Ana Nice em assembleia eleitoral na Dura Automotive, em Rio Grande da Serra

“As Comissões de Igualdade Racial, de Juventude, de Mulheres e de Trabalhadores com Deficiência, enfim, as Comissões de Cidadania, contribuem significativamente com o debate de temas específicos e qualificam as ações do Sindicato”.

A afirmação é da diretora executiva do Sindicato e coordenadora da Comissão das Metalúrgicas do ABC, Ana Nice Martins de Carvalho.

Segundo a dirigente, nestes fóruns é possível formular propostas com um recorte determinado e que não são questões que envolvem toda a categoria.

 “Podemos, por exemplo, defender a licença maternidade de 180 dias, uma proposta que surgiu a partir de uma necessidade principalmente das mulheres”, exemplificou a dirigente.

Juventude

Para Ana Nice, as Comissões são fundamentais para, além das questões específicas do Trabalho, aproximar o Sindicato ainda mais do seu papel Cidadão.

“Para dar uma ideia da importância que as Comissões representam para o Sindicato, basta observarmos a percepção que a atual diretoria tem sobre a juventude metalúrgica”, destacou a coordenadora.

“As necessidades urgentes dos jovens metalúrgicos exigem do Sindicato um investimento maciço em Educação, outro eixo de ação definido pela entidade”, concluiu Ana Nice.

Da Redação