Centro de Ferramentaria vai gerar empregos e reduzir o déficit da balança comercial
O Centro de Desenvolvimento Avançado em Ferramentaria no Brasil terá como meta reduzir o déficit da balança comercial dos R$ 650 milhões registrados em 2013 para R$ 250 milhões, em 2017, e ampliar dos 167 mil empregos na área, também em 2013, para 228 mil, em cinco anos.
“Sem o Centro, com capacidade para a elaboração de projetos, desenvolvimento de ferramental e simulação, estaremos cada vez mais importando peças e impedindo o crescimento do Brasil”, alertou José Roberto Nogueira, o Bigodinho, diretor executivo do Sindicato que acompanha o APL (Arranjo Produtivo Local) de Ferramentaria.
Segundo ele, a situação do mercado no País é muito desigual diante da concorrência internacional. “Para termos uma ideia, no exterior o tempo necessário para desenvolver um produto é 30 dias, enquanto no mercado brasileiro este tempo é de 120 dias”, afirmou.
Especialistas
O Centro já tem espaço físico determinado no Instituto Mauá de Tecnologia e aguarda a captação de recursos, de cerca de R$ 12 milhões, para a instalação de equipamentos, aquisição de softwares, contratação de profissionais etc.
“O laboratório vai abrigar pesquisadores e alunos com o desafio de desenvolverem todo o processo de engenharia para a fabricação de ferramental”, disse o diretor do Sindicato.
“Com isso, capacitar o Brasil para competir com as importações e ao mesmo tempo formar profissionais especializados em ferramentaria”, destacou Bigodinho.
Autoria
O projeto que cria o Centro de Desenvolvimento Avançado em Ferramentaria no Brasil foi elaborado pelo Arranjo Produtivo Local, o APL de Ferramentaria, apoiado pelo Sindicato; a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC; a Universidade Federal do ABC, a UFABC e o Instituto Mauá de Tecnologia, IMT.
O que é balança comercial?
É o resultado da subtração do valor das exportações pelo valor das importações feitas pelo país.
Quando as importações são em valor maior que as exportações, a balança comercial é negativa, o que é prejudicial ao país. A situação inversa, com exportações maiores que importações, torna a balança comercial positiva e favorece o país.
Da Redação