APL de Ferramentaria quer atrair investimentos japoneses


Bigodinho, Paulo Braga e Carlos Manoel de Carvalho, que foram ao Japão. Foto: Paulo de Souza/SMABC

Representantes do APL de Ferramentaria do Grande ABC estão no Japão, onde participam de uma das maiores feiras do setor no mundo para divulgar a qualidade da mão de obra e dos produtos fabricados na região.

“Cerca de 60 empresas de todo planeta já estão inscritas em nossos seminários para tentar fechar parcerias e joint ventures com indústrias do ABC”, revelou, antes de embarcar, José Roberto Nogueira, o Bigodinho, diretor executivo do Sindicato que acompanha o APL (arranjo produtivo local) de Ferramentaria.

15 mil empregos
Ele destacou que a iniciativa traz grandes possibilidades para os trabalhadores. “Hoje temos seis milhões de horas instaladas e em torno de sete mil trabalhadores nas ferramentarias”, prosseguiu.

“Apenas com o novo Regime Automotivo, o Inovar-Auto, as ferramentarias precisarão de 22 milhões de horas instaladas”, afirmou Bigodinho. “Para atingir esse número serão necessários mais 15 mil trabalhadores”, completou. 

Inovar-Auto e cadeia produtiva são as grandes vantagens
Segundo o representante dos empresários Carlos Manoel de Carvalho, também do APL de Ferramentaria, as empresas existentes no Brasil não tem capacidade de fornecer tanta mão de obra qualificada no curto espaço de tempo requerido pelo mercado. Por isso a viagem é tão importante.

“As ferramentarias japonesas de médio e pequeno porte enfrentam as mesmas dificuldades que nós, pois são preteridas por empresas chinesas”, contou Carvalho.

“Para evitar que fechem as portas, o governo japonês tenta internacionalizar essas empresas”, disse. “Como o Inovar-Auto manda aplicar os 30% de desconto de IPI em ferramentarias, queremos atrair as ferramentarias japonesas para o Brasil oferecendo essa vantagem”, destacou.

Só aqui
Paulo Braga, outro empresário do APL que também viajou,
entende que essas empresas teriam o capital e o know how necessários para preparar os trabalhadores brasileiros e, ao mesmo tempo, fortalecer a produção nacional.

“Tenho certeza que teremos sucesso porque uma cadeia produtiva de ferramentaria como a brasileira não existe em nenhum outro lugar do mundo e isto também atrairá os japoneses”, finalizou Braga. 

Da Redação