Seminário abre comemorações dos 20 anos da FEM-CUT
Eventos nesta semana comemoram as duas décadas da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT
Com a realização nesta terça-feira (14/2) do seminário Agenda do Trabalho Decente, a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT iniciou as comemorações de seus 20 anos. Outro evento será realizado na quinta-feira (16/2), na sede da entidade, reunindo lideranças partidárias, sindicais e autoridades.
A FEM foi criada no dia 16 de fevereiro de 1992, durante o 1º congresso da CUT São Paulo, e marcou um rompimento com a estrutura sindical oficial, que não atendia os interesses dos metalúrgicos do Estado.
No mês seguinte, o congresso da CUT Nacional aprovou a criação da confederação nacional da categoria, também buscando uma representação independente e autônoma.
A criação da FEM consolidava a organização dos metalúrgicos em São Paulo, resultado de um acúmulo de forças eu vinha desde a fundação da CUT Nacional, em 1983.
Com a FEM e não mais atrelados à federação oficial, os metalúrgicos tiveram condições para fazer valer seu poder de mobilização e lutar por avanços. Além de negociar, a FEM passou a elaborar políticas comuns para a categoria.
Com ela, os benefícios passaram a ser estendidos para todos até a conquista da convenção coletiva de trabalho para os metalúrgicos do Estado.
Hoje, a FEM conta com 14 sindicatos filiados, que representam 260 mil metalúrgicos em todo o Estado.
“Festejamos o primeiro acordo assinado entre a FEM e a Fiesp, pois significava o reconhecimento da entidade como representação de fato dos metalúrgicos, criada a partir da base. Fizemos nos valer com luta”.
Carlos Alberto Grana, primeiro presidente, de 1992 a 1994.
“Fundamos a FEM e em seguida a Confederação, que passaram a fazer parte da estrutura da CUT. A partir daí, a FEM passou a representar os metalúrgicos em nível estadual e a Confederação em nível nacional”.
Paulo Sérgio Ribeiro Alves, presidente entre 1995 e 2000.
“A FEM tem um poder de mobilização muito grande em função da organização no local de trabalho e dos Comitês Sindicais já existentes nos sindicatos de São Bernardo, Salto, Taubaté e Sorocaba”.
Adi dos Santos Lima, presidente entre 2001 e 2006.
“Fomos o primeiro ramo que se organizou dentro da CUT. Hoje, nossos desafios são a mudança na estrutura sindical, com liberdade e autonomia para os trabalhadores se organizarem nos locais de trabalho”.
Valmir Marques, o Biro-Biro, presidente desde 2007.
Da Redação