É hora de pressão nas empresas!

Manifestação na Mahle. Foto: Rossana Lana / SMABC

Enquanto os representantes dos metalúrgicos realizam as últimas negociações de Campanha Salarial 2011 com as bancadas patronais, os trabalhadores promovem paradas e atos de pressão exigindo um bom acordo.

“As autopeças estão funcionando com capacidade máxima de produção. Por isso, queremos o que é nosso”, disse o diretor-executivo do Sindicato Carlos Alberto Gonçalves, o Krica (foto), durante manifestação dos trabalhadores na Mahle realizada terça-feira (6).

Ele disse que a bancada dos trabalhadores acertou ao rejeitar proposta de 8,3% de reajuste feito pelo Grupo 3. “Não dá nem 1% de aumento real”, protestou.

“Não aceitaremos acordo menor que o das montadoras”, afirmou Krica, lembrando que reposição da inflação e aumento real serão definidos na mesa de negociação. Já o abono será empresa por empresa.

“A hora é de pressão. Vamos intensificar a mobilização nas empresas até dia 14, quando será realizada assembleia na Sede do Sindicato às 18h. Ou aprovamos o acordo ou vamos à luta”, avisou.

Novas propostas rejeitadas na mesa
Nas negociações desta terça, a bancada de trabalhadores rejeitou as propostas de reajuste salarial apresentadas pelos Grupos 8 e 10.

O primeiro ofereceu 8,2% e o segundo 8,5%. Na segunda-feira, os negociadores dos metalúrgicos já haviam rejeitado os 8,3% propostos pelo Grupo 3.

“O percentual é muito baixo”, disse Valmir Marques, o Biro-Biro, presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT. Ele acrescentou que essas propostas estão bem distantes do conquistado pelos metalúrgicos nas montadoras. “Queremos acordo semelhante”, avisou.

Biro-Biro informou que houve avanços nas cláusulas sociais com esses grupos, principalmente nos direitos das mulheres. “Vamos insistir para os sindicatos patronais melhorarem a proposta econômica”, concluiu.

Nesta quinta (8) tem negociação com a Fundição. Novas rodadas com todos os grupos vão acontecer até terça-feira.

Da Redação