FEM continua negociação com a Fundição nesta segunda

A Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT/SP (FEM-CUT/SP) continua nesta segunda, dia 22, a segunda rodada de negociação da Campanha Salarial com a bancada patronal da Fundição, às 14h, na sede da ABIFA. Na ocasião, o presidente da Federação, Valmir Marques (Biro Biro) negociará a melhoria e ampliação das cláusulas sociais. Estão em Campanha 15 mil metalúrgicos nas empresas de Fundição na base da FEM, em todo o Estado.

G8 e G2
A Federação realizou na sexta, dia 19, as rodadas de negociação com as bancadas patronais dos Grupos 8 e 2, no Sicetel, na FIESP, e na sede da Federação, em São Bernardo do Campo. As duas bancadas patronais analisaram todas as cláusulas sociais pré-existentes, ou seja que estão em vigor na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), com alterações de melhorias propostas pela Federação. Tanto o G8 e o G2 ainda não deram pareceres finais sobre as reivindicações da Federação.

A bancada do G2, coordenada pelo assessor jurídico, Fernando Carnavan, disse que na rodada de terça, dia 23, as empresas dos setores de máquinas e eletrônicos farão assembleia para avaliar as reivindicações da Federação. Nesta data, a FEM e a bancada patronal se reunirão novamente, às 15h, na sede da Abimaq.

Com ao Grupo 8, na próxima rodada, no dia 29, na FIESP, a bancada dará uma resposta sobre as cláusulas pré-existentes e também sobre as novas cláusulas reivindicadas pela Federação.

Direitos
Nestas bancadas, a FEM avançou no debate das seguintes cláusulas pré-existentes: a ausência justificada em caso de acompanhamento de filhos em internação hospitalar, a garantia de emprego ao empregado em vias de aposentadoria e o aumento no percentual do auxílio creche.
A Federação também reivindicou a ampliação da estabilidade no emprego para a trabalhadora que sofrer aborto, não criminoso, bem como a licença remunerada neste caso e também para a trabalhadora vítima de violência doméstica.

Com relação às cláusulas novas, foram negociados os direitos à subvenção ao estudo — que a empresa custeie parte dos estudos do trabalhador — à garantia de emprego em situação pré-cirúrgica, bem como o combate à postura antissindical nas empresas.

Principais reivindicações dos metalúrgicos da CUT  
Reposição integral da inflação;
Aumento real no salário;
Valorização nos pisos salariais;
Licença Maternidade de 180 dias;
Ampliação nos direitos sociais;
Organização Sindical no Local de Trabalho;
Jornada de 40h semanais, sem redução no salário.

Base FEM-CUT/SP
A FEM-CUT/SP tem 14 sindicatos metalúrgicos filiados, que representam 250 mil trabalhadores em todo o Estado. A data-base é 1º de setembro. A Federação negocia com sete bancadas patronais divididas nos seguintes setores:
Montadoras (ABC paulista, Taubaté e São Carlos);
Fundição;
Estamparia;
Grupo 2 (máquinas e eletrônicos);
Grupo 3 (autopeças, forjaria, parafusos);
Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refrigeração, equipamentos ferroviários, rodoviários entre outros);
Grupo 10 (reúne os sindicatos patronais dos setores de lâmpadas, equipamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros).

Da FEM/CUT