Mobilização dos metalúrgicos faz montadoras reabrirem as negociações

Rodada de negociações será nesta quarta-feira, às 14h, em São Bernardo

 

Rossana Lana / SMABC

As mobilizações dos últimos dias deram resultado. A Anfavea, que representa as montadoras, reabriu as negociações da Campanha Salarial com os metalúrgicos para discutir o índice de reajuste. A rodada será nesta quarta-feira, às 14h, em São Bernardo.

A companheirada nas montadoras está em estado de alerta desde o último sábado, quando em assembléia realizada na rua do Sindicato rejeitou a proposta de 7% de reajuste.

Na segunda-feira passada, a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT entregou aviso de greve à Anfavea.

Entre sábado e segunda, cerca de 13 mil trabalhadores na Volkswagen, Ford  Mercedes-Benz e Scania fizeram assembleias,  protestos e outras mobilizações.

Campanha
Além das Montadoras, o G10 (lâmpadas equipamentos odontológicos, iluminação, entre outros) também não apresentou proposta.

No G2 (máquinas, aparelhos elétricos e eletrônicos), Fundição, G3 (autopeças), G8 (trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração etc.) e Fundição a categoria conquistou já 4,52% de aumento salarial.

É o maior aumento real obtido pela categoria nos últimos dez anos e representa mais que o dobro da inflação acumulada no período, que atingiu 4,29%.

Proposta aprovada na GM
Os metalúrgicos na GM em São Caetano e em São José dos Campos (SP) aprovaram proposta com 9% de reajuste e abono de R$ 2,2 mil a ser pago nesta sexta-feira, além da ampliação da licença maternidade de 120 para 180 dias.

O teto para aplicação do reajuste é R$ 7.630,00 e os salários acima contarão com fixo de R$ 686,00. O piso foi para 1.423,00.

Já os companheiros de Taubaté seguem em estado de alerta e participam das negociações de hoje com a FEM-CUT.

FEM assina com G2
Nesta sexta-feira, a Federação Estadual dos Metalúrgicos (FEM) da CUT e os seus 12 sindicatos filiados assinarão a Convenção Coletiva de Trabalho com o G2 (máquinas e eletrônicos).

O reajuste também será de 9%, com teto de R$ 4.968,46. Acima será incorporado um fixo de R$ 447,16.

Os pisos passam para R$ 836,02, nas fábricas com até 50 trabalhadores, R$ 886,87, nas fábricas de 51 a 500 trabalhadores e
R$ 977,24, nas fábricas com mais de 500.