Emprego na indústria recua 0,4% em outubro, mostra IBGE

O emprego na indústria brasileira registrou leve recuo de 0,4% em outubro, na comparação com o mês anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em setembro, na comparação com agosto, a taxa também havia caído 0,4%. Em relação ao mesmo período do ano passado, outubro de 2010, o emprego caiu 0,3% – o primeiro resultado negativo desde janeiro de 2010, de acordo com o IBGE. No ano, o índice mostrou crescimento de 1,3% e, em 12 meses, de 1,6%.

A produção industrial brasileira caiu 0,6% em outubro, na comparação com o mês anterior, com ajuste sazonal.

Na comparação anual, o emprego industrial registrou queda em em 6 dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, com o principal impacto negativo partindo de São Paulo (-3,5%). O resultado negativo no local foi pressionado pelos recuos em 15 dos 18 setores pesquisados, com destaque para as indústrias de borracha e plástico (-12,3%), de papel e gráfica (-8,2%), de alimentos e bebidas (-3,5%), de produtos de metal (-6,2%) e de calçados e couro (-12,3%).

Na análise setorial, o emprego na indústria delcinou em 9 dos 18 ramos analisados, com destaque para calçados e couro (-8,6%), borracha e plástico (-6,5%), madeira (-11,1%), vestuário (-3,6%) e papel e gráfica (-4,6%). Por outro lado, tiveram resultados positivos: alimentos e bebidas (2,7%), meios de transporte (6,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,0%) e máquinas e equipamentos (2,3%).

A pesquisa também mostrou que o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, sem influências sazonais, caiu 0,9% em outubro, frente ao mês anterior, registrando a segunda taxa negativa consecutiva.

Em relação ao mesmo período de 2010, a queda foi de 1,0% no número de horas pagas, segunda taxa negativa consecutiva e a menor desde dezembro de 2009 (-1,4%).

Salários
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria, com ajuste sazonal, caiu 2,2% sobre setembro, após recuar 1,9%. Sobre outubro de 2010, o valor da folha de pagamento real avançou 1,4%, 22º resultado positivo consecutivo nesse tipo de comparação.

Do G1