Emprego na indústria paulista cresce 4,74% em 2010 e bate recorde

O emprego na indústria paulista encerrou 2010 com geração de 114 mil empregos, de acordo dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) divulgados nesta quinta-feira. O número representa alta de 4,74% em relação a 2009, o maior aumento da série histórica do indicador iniciada em julho de 2005.

A maior alta do indicador até hoje era de 2007, 4,56%. O número ficou acima da previsão divulgada pela entidade em dezembro, de 4,5%.

Considerando apenas os dados do mês passado, houve redução de 2,34% no nível de emprego na comparação com novembro, nos dados sem ajuste sazonal. O número representa o fechamento de 60.500 vagas.

Essa queda já era esperada, por conta de efeitos sazonais como o fim da colheita de cana-de-açúcar. Na séria com ajuste, houve alta de 0,94%.

Setores
Em dezembro, dos 22 setores pesquisados, 2 tiveram desempenho positivo, 17 demitiram mais do que contrataram e 3 ficaram estáveis.

O setor com maior saldo de demissões no mês passado, com relação a novembro, foi o de produtos alimentícios (-11,3%), seguido por couros e fabricação de artigos de couro, artigos de viagem e calçados (-5,4%) e fabricação de coque e produtos derivados de petróleo e de biocombustível (-3,8%).

Na outra ponta, o setor que mais contratou foi o de máquinas e equipamentos (0,4%), seguido por produtos de minerais não metálicos (0,1%).

Recuperação
Mesmo com a alta do emprego no ano passado, o número de trabalhadores da indústria de São Paulo ainda não voltou aos patamares registrados antes da crise econômica de 2008. Segundo as estimativas da Fiesp divulgadas em dezembro, isso só deve ocorrer no final de 2011, porque o crescimento das importações no país, em decorrência da desvalorização do dólar, vai atrasar a recuperação do setor.

A previsão inicial era de que o patamar fosse alcançado no primeiro trimestre deste ano. De acordo com a entidade, a participação de produtos importados no consumo do país aumentou em 4 pontos percentuais neste ano, substituindo a produção nacional e reduzindo o ritmo de contratações.

Da Folha Online