Criação de emprego chega a 2,54 milhões no ano e supera meta

A criação de empregos formais (com carteira assinada) no Brasil em novembro foi de 138.247 vagas, o que representa o pior mês no ano. Porém, o resultado é o segundo melhor para um mês de novembro desde o início da série histórica em 1992, ficando atrás apenas de 2009 (247 mil).

No acumulado do ano, foram criadas 2,54 milhões de vagas, número levemente superior ao da meta estabelecida pelo governo para todo o ano, que é de 2,5 milhões.

Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, e foram divulgados nesta quinta-feira (16).

O cálculo da criação de vagas é feito pela diferença entre o total de pessoas contratadas e o total de demitidos em cada mês.

Em novembro, foram criadas 1,576 milhão de vagas com carteira assinada ao mesmo tempo que 1,438 milhão de pessoas foram demitidas.

“Tradicionalmente, no mês de novembro se observa uma geração de empregos mais modesta em relação ao mês anterior, devido particularmente à presença de fatores sazonais (entressafra e período de chuvas)”, informou o ministério em nota.

Em dezembro, tradicionalmente há fechamento de vagas por conta das contratações temporárias de final de ano.

Em novembro, o setor que abriu o maior número de vagas foi o de comércio (131.336), seguido pelo de serviços (79.173).

O Estado que gerou o maior número de vagas foi o Rio de Janeiro (31.965) e a região com o maior número de novas vagas de trabalho foi a Sudeste (52.114).

Para o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, a valorização do real pode ter contribuído para impedir um número ainda mais expressivo para o emprego, mas ele descartou uma tendência de desaceleração.

 “A queda (do dólar) ajudou a importação, com mais compras de final de ano”, afirmou o ministro a jornalistas.

Ele ponderou, ainda, que no segundo semestre de 2009 houve uma recuperação expressiva do emprego após uma suspensão de contratações nos primeiros meses do ano e que agora a economia viveria momento de maior normalidade.

Lupi previu que o fechamento sazonal de vagas formais verificado em dezembro por conta de demissões de contratos temporários relacionados a vendas de final de ano este ano será inferior a 300 mil.

Ele garantiu que a meta de criação de 2,5 milhões de empregos será cumprida após o registro de contratações de 2010 declarados pelas empresas ao governo com atraso ao longo dos primeiros meses do próximo ano.

Para 2011, a expectativa de Lupi é de que sejam gerados 3 milhões de postos de trabalho com carteira assinada.

No mês passado, os setores de agricultura, indústria da transformação e construção civil apresentaram queda do emprego por conta de fatores sazonais. Comércio, por outro lado, teve um saldo recorde para todos os meses da série, enquanto serviços e o setor extrativo mineral também apresentaram resultados favoráveis.

Do Uol Economia, com informação da Reuters e Agência Brasil