G20 apresenta estratégias para combater o desemprego

Segundo ministro Carlos Lupi, grupo recomendou que estratégias de política macroeconômica levem em conta questão do emprego

Os ministros de Trabalho e de Emprego do G20 (grupo que reúne os principais países ricos e em desenvolvimento) apresentaram nesta quarta-feira ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, uma lista de recomendações para enfrentar o problema do desemprego no momento em que o mundo se recupera da crise econômica.

Segundo o ministro brasileiro do Trabalho, Carlos Lupi, que participou da reunião com Obama, na Casa Branca, entre as principais recomendações está a de que as estratégias de política macroeconômica dos países levem em conta a questão do emprego.

“Ressaltamos que é preciso colocar o emprego e o combate à pobreza no centro das estratégias”, disse Lupi, em entrevista coletiva na residência do embaixador brasileiro em Washington.

Os ministros se reuniram na capital americana durante dois dias para discutir alternativas para enfrentar o desemprego, que continua a ser um problema grave em muitas economias avançadas, mesmo com a recuperação econômica pós-crise.

Sugestões
As sugestões dos ministros serão encaminhadas a todos líderes dos países do G20, que se reunirão no Canadá, em junho.

Entre as recomendações, está ainda acelerar a criação de empregos para assegurar a recuperação sustentada e o crescimento futuro das economias.

O fortalecimento dos sistemas de proteção social, projetos de qualificação e requalificação da força de trabalho e um esforço para melhorar a qualidade do emprego foram outros pontos incluídos na lista de recomendações.

Segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), a taxa média de desemprego nas economias avançadas deverá permanecer alta – em torno de 9% – pelo menos até o fim de 2011.

“O alto desemprego deverá ser o principal desafio dessas economias, à medida que a recuperação ganha ritmo”, diz o último relatório Global Economic Outlook, divulgado nesta quarta-feira.

Nos Estados Unidos, calcula-se que mais de 8 milhões de empregos foram perdidos desde que o país entrou em recessão, em dezembro de 2007.

A previsão é de que a taxa de desemprego americana permaneça em torno de 10% pelo menos até o fim do ano.

América Latina
A América Latina sofreu menos com o desemprego, tanto em relação a outras regiões como na comparação com crises anteriores.

Um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Banco Mundial afirma que 3,5 milhões de pessoas perderam o emprego no ano passado na América Latina.

Segundo o Bird, o número representa pouco mais de 1% da população economicamente ativa desses países, de 272 milhões de trabalhadores.

No Brasil, a taxa de desemprego em fevereiro foi de 7,4%, o menor patamar para esse mês desde o início da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2003.

Da redação com CNM CUT