Criação de vagas formais no País sobe pelo 4º mês consecutivo

Este foi o primeiro resultado positivo do ano em todas as regiões do País, segundo Caged. No ano, estoque de vagas sobe 0,56%

O Brasil fechou o mês de maio com saldo de 131 mil e 577 empregos, resultado da diferença entre 1,348 milhão de contratações e 1,217 milhão de demissões no período. O saldo foi 0,41% superior ao de abril, quando foram criados 106 mil novos postos de trabalho em todo o País. Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e Desesempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e foram divulgados nesta segunda-feira ministro Carlos Lupi.

Trata-se do quarto mês seguido de recuperação após a onda de demissões causada pelo agravamento da crise econômica mundial. No ano, o saldo está positivo em 180.011 vagas. Nos cinco primeiros meses de 2009, houve a abertura de 180.011 postos de trabalho formais. Com esse saldo acumulado, o estoque de empregos da economia subiu 0,56% em relação a dezembro de 2008.

O ministro relacionou o resultado positivo às medidas de estímulo da economia adotadas pelo governo federal. “Estamos no caminho certo e é preciso continuar na política de redução de juros, nas ações de estímulo do crédito ao setor produtivo, nas ações anticíclicas para estimular o consumo e a renda”, comentou.

Setores
“É a primeira vez este ano que todos os setores da economia em todas as regiões do País apresentam saldo positivo de emprego. É a prova de que a recuperação está acontecendo de forma coerente, permanente e segura”, analisou Lupi. Os Estados do Sudeste, particularmente São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, além do Paraná e da Bahia apresentaram os melhores resultados líquidos de empregos formais.

A indústria registrou a abertura de 700 empregos formais em maio, sendo o segundo mês consecutivo de saldo positivo. Mas ainda acumula perda de vagas no acumulado de janeiro a maio, no total de 146.478.

Em maio, o setor de agropecuária foi o que teve melhor desempenho, com saldo positivo de 52.927 vagas. Em seguida, vem o setor de serviços (+44.029 empregos). Em seguida vem construção civil (+17.407 vagas). Já o comércio registrou saldo positivo de 14.606 empregos formais.
O bom desempenho da agropecuária explica os bons desempenhos de Estados onde há vários ciclos agrícolas em desenvolvimento desde abril. O cultivo do café, por exemplo, foi responsável pela contratação de muita mão de obra em São Paulo, Minas Gerais e Bahia. O ciclo da cana de açúcar ajudou também a deslanchar novas contratações em São Paulo.

Em razão desse comportamento sazonal da agricultura, o Caged registrou em maio a abertura de mais vagas de trabalho com carteira assinada nas cidades do interior do País do que nas regiões metropolitanas. No interior, houve saldo líquido positivo de 79.218 empregos formais contra 34.202 postos no conjunto das regiões metropolitanas.

Junho
O ministro do Trabalho afirmou que o Caged de junho deverá registrar saldo positivo maior do que o de maio. Segundo ele, os setores de serviços e construção civil deverão continuar o “ritmo forte” de novas contratações.

Lupi também aposta que a indústria de transformação continuará registrando saldo positivo na geração de empregos formais.

“O meu otimismo tem alguma base real”, afirmou Lupi, fornecendo dados do seguro-desemprego para justificar a crença na tendência de alta do emprego. Em maio deste ano, foram solicitados 536.170 pedidos do benefício, contra 566.676 pedidos registrados em maio do ano passado.

Da Redação, com informações de agências