Paulo Cayres defende unificação sindical dos trabalhadores na indústria
A partir da esq.: Gomes, Lu, Cayres, presidente da CUT Chile (Bárbara Figueroa), Cida, Fernando e Marino
Junto com dirigentes do Macrossetor da Indústria da CUT, presidente da CNM/CUT participa de congresso de trabalhadores no Chile, representando o Brasil.
O presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT), Paulo Cayres, afirmou que a unificação das ações sindicais dos trabalhadores é a principal ferramenta para assegurar direitos e impedir que as multinacionais e seus representantes nos governos e nos parlamentos precarizem relações e condições de trabalho.
Cayres esteve em Santiago (Chile) representando a entidade no 8º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, da Indústria e Serviços (Constramet), que reúne 150 delegados e delegadas e convidados do Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia, México e França. Também estão presentes Fernando Lopes, secretário geral adjunto, e Marino Vani, coordenador adjunto para a América Latina e Caribe da IndustriALL Global Union (federação internacional dos trabalhadores na indústria).
Em sua intervenção, o presidente da CNM/CUT falou da experiência brasileira do Macrossetor da Indústria da CUT (MSI), que reúne as entidades sindicais de metalúrgicos (CNM/CUT), químicos (CNQ), têxteis (CNTV), trabalhadores na construção (Conticom) e na alimentação (CONTAC) e que está formulando propostas unitárias para a política industrial brasileira.
Os presidentes da Conticom, Cláudio Gomes, da CNTV, Cida Trajano, e da CNQ, Lu Varjão, também estão participando do evento da confederação chilena (o presidente da CONTAC, Siderlei de Oliveira não pode comparecer por problemas de agenda). Ficou a cargo de Cayres falar em nome da delegação brasileira. O dirigente metalúrgico afirmou que a Constramet é um exemplo para o Brasil de que é possível unificar numa mesma entidade trabalhadores de todo o ramo e, assim, fortalecer as suas lutas.
A Confederação chilena é um sindicato nacional e adotou, inclusive, o nome Industrial Chile, para ratificar a ligação da entidade com a IndustriALL Global Union.
Ainda em sua intervenção, Paulo Cayres falou também sobre a importância da reeleição da presidenta Dilma Rousseff para que o movimento sindical continue tendo espaços de participação nos fóruns de decisão sobre o desenvolvimento industrial e para o fortalecimento da democracia. “Brasil e Chile têm similaridade: ambos os países viveram sob a mão de ferro da ditadura militar e agora estão fortalecendo a sua democracia e contribuindo para que toda a América Latina seja um continente onde os governos sejam os principais indutores do desenvolvimento com justiça social”, assinalou.
O presidente da CNM/CUT destacou ainda que o movimento sindical cutista encaminhará pedido à presidenta Dilma Rousseff para que o governo determine que o espanhol seja a segunda língua no Brasil. “Assim, nosso continente ficará efetivamente fortalecido”, avaliou.
Trabalho precário
Também no Chile, os dirigentes cutistas do Macrossetor da Indústria participaram do Seminário “Trabalho precário e seus efeitos sobre os trabalhadores e trabalhadoras”, organizado pela IndustriALL Global Union, a federação internacional dos trabalhadores na indústria. Na atividade, foram debatidas ações das entidades sindicais para fortalecer a campanha da federação internacional contra esta prática empresarial que está disseminada em quase todo o mundo.
Da CNM/CUT