Vendas de motos no mês de julho crescem 16,5%

Emplacamentos esboçaram reação após o fim da Copa

O mês de julho registrou o emplacamento de 121 mil motos zero-quilômetro, resultando em alta de 16,5% sobre junho. Os fabricantes imaginavam uma melhora significativa na segunda quinzena do mês, já que a primeira segunda-feira após o fim da Copa do Mundo teve 6,1 mil motos emplacadas, bem mais as 5,19 mil da média de junho.

Em julho inteiro, porém, essa média por dia útil ficou em 5,26 mil, ligeiramente melhor que a do mês anterior e 9,8% inferior em relação a julho de 2013. “Já contávamos com uma retração no período da Copa, mas esperávamos a retomada a partir da segunda quinzena de julho, que não se concretizou. O baixo volume diário reflete a dificuldade na obtenção de crédito e, de certa forma, o comportamento cauteloso do consumidor”, afirma Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, a associação que reúne os fabricantes do setor.

No acumulado dos sete meses, as 838,7 mil unidades lacradas resultaram em queda de 4,96% ante o já ruim 2013. As vendas no atacado, feitas das fábricas a suas revendas, somaram 829,8 mil motos, resultando em uma queda mais acentuada que a do varejo, de 10%.

A produção, adivinhe, encolheu no acumulado até julho. As 905,1 mil unidades montadas resultaram em recuo de 5,2% ante o mesmo período do ano passado.

Também no acumulado do ano, as exportações recuaram 2,5%, com 53 mil unidades embarcadas, ante 54,34 mil no ano passado. A sobretaxação pela Argentina das motos que compra de outros mercados deve reduzir as exportações brasileiras em 35% no segundo semestre ante o primeiro.

Do Automotive Business