Veículos fazem indústria brasileira acelerar em janeiro

Foto: Rossana Lana / SMABC

A carreta da produção automotiva vem transportando o bom desempenho geral da indústria brasileira no começo deste ano. A prova são os números que medem o desempenho do setor, alguns deles divulgados nas últimas duas semanas.

Segundo dados do IBGE, a fabricação de carros e caminhões foi o destaque no crescimento de 5,7% em janeiro na produção industrial do País, em comparação ao mesmo período do ano passado, o melhor resultado desde março de 2010.  A produção de veículos cresceu 39,3% no mesmo período.

Com esse resultado, o setor automotivo interrompeu o comportamento negativo da indústria registrado desde novembro (na comparação mensal), período em que acumulou perda de 4,5%.

Surpresa
“Nem os especialistas esperavam um resultado tão bom logo no começo do ano”, afirmou o secretário Administrativo do Sindicato, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba.

“E mostra também que as ações do Sindicato no ano passado para manter empregos e investimentos na categoria estavam corretos”, completou.

“Os Metalúrgicos do ABC estão mais preparados para este momento”, reforçou o dirigente. “Vamos aguardar os próximos resultados e ver se esse comportamento se repete durante o ano”, destacou.

Momento de subida
No geral, a produção dos veículos automotores e de mais 17 ramos da indústria brasileira tiveram saldo positivo em janeiro, segundo o IBGE. A pesquisa avalia 27 ramos.

Considerando o desempenho por regiões metropolitanas, o desempenho positivo se refletiu em 9 dos 14 locais pesquisados pelo instituto.

A trajetória de recuperação da indústria também é sinalizada pelos dados do uso da capacidade instalada da indústria brasileira que, em janeiro, foi de 84%. É a menor ociosidade da indústria em cinco anos, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Nesta sexta-feira (15), o IBGE divulgará os números da pesquisa mensal com o desempenho do emprego e dos salários da indústria nacional. A expectativa é que os bons resultados de produção também se reflitam nesses dados.

“Mais produção representa mais postos de trabalho, com melhor qualidade e remuneração”, finalizou Barba.

Da Redação