Volvo transfere parte da produção do México para o Brasil

 

A Volvo Construction Equipment anunciou que transferirá a produção de retroescavadeiras do México para a unidade brasileira de Pederneiras, SP. Para a mudança a empresa investirá US$ 10 milhões, com cronograma de dois novos modelos do equipamento a partir de janeiro de 2014. A capacidade será de até 2 mil unidades/ano.

Com a transferência a fábrica brasileira passa a ser base exportadora das retroescavadeiras modelos BL60B e BL70B para América Latina, Canadá, Estados Unidos e outros mercados. Esses equipamentos são produzidos também na Polônia.

Afrânio Chueire, presidente da Volvo CE, destaca que a iniciativa não representa apenas uma simples transferência de local de produção: no México as máquinas são produzidas em regime CKD na unidade de ônibus da Volvo. “Construiremos uma nova linha de produção em Pederneiras e desenvolveremos fornecedores locais.”

De acordo com o executivo produzir no México representa vantagem em custo com mão de obra, mas a fabricação no Brasil, por sua vez, oferece sinergia em logística, compras e aumento da escala, à medida que as retroescavadeiras poderão ser financiadas pelo BNDES Finame, além de entregues em prazo menor que o atual.

Segundo Chueire a empresa já trabalha no desenvolvimento dos fornecedores para a localização dos componentes, com objetivo de alcançar índice de 60% de nacionalização – exigido pelo BNDES para as operações de Finame.

Mercado brasileiro em alta de até 5% em 2013, estima Volvo
O ano de 2012 significou para a Volvo Construction Equipment 4 mil 244 máquinas de construção vendidas na América Latina, o que equivale a seu terceiro melhor resultado na região e, ainda, o terceiro ano consecutivo em que as vendas encerram exercício em patamar acima de 4 mil unidades.

Do total comercializado 2 mil 864 unidades foram destinadas ao mercado brasileiro, ou 67% de participação no total da região.

Segundo a empresa o mercado total para máquinas de construção na América Latina em 2012 foi de cerca de 50 mil unidades, 6% acima do volume de 2011. O Brasil, isoladamente, somou 26,2 mil unidades, alta de 7%.

A expectativa da Volvo CE para 2013, segundo Afrânio Chueire, presidente da unidade Latin America, é de nova elevação no mercado brasileiro, de 3% a 5%: “O País está cada vez mais competitivo neste segmento, mas vive patamares muito maiores de vendas. Oito anos atrás, por exemplo, o Brasil consumia cinco mil máquinas de construção por ano, volume multiplicado por cinco em 2012”.

Para a América Latina a expectativa também é de expansão nas vendas, especialmente pelos investimentos em obras de infraestrutura e mineração. Parte dessa perspectiva positiva é reflexo do desempenho das vendas de caminhões articulados, usados em grandes obras: em 2011 a Volvo CE comercializou 93 deles na região, número que saltou para 241 em 2012.

Para enfrentar o constante aumento da concorrência a Volvo CE aposta na ampliação de seu portfólio: lançou escavadeiras de maior potência, desenvolvidas para necessidades de mercados emergentes, chamadas Série D. E também carregadeira L250G, para o segmento com capacidade de 35 toneladas.

 

*Atualizado às 11h53

Do Auto Data