Conteúdo tecnológico tem que ser bandeira dos trabalhadores, defende Sérgio Nobre

Presidente do Sindicato e secretário-geral da CUT falou na abertura do Encontro Nacional do Macrossetor Indústria, promovido pela Central


Foto: Paulo de Souza / SMABC

Durante a abertura do Encontro Nacional do Macrossetor Indústria, promovido pela CUT nesta quinta-feira (8), o presidente do Sindicato e secretário-geral da Central, Sérgio Nobre, defendeu o desenvolvimento tecnológico para a permanência e o crescimento da indústria no Brasil.

Segundo o dirigente, o País deve incentivar programas para que o setor tenha alta capacidade tecnológica, na grande, média, pequena e micro empresa.

“O novo Regime Automotivo, o Inovar-Auto, é uma política de governo que fortalece a indústria e teve participação decisiva dos trabalhadores em sua construção”, lembrou.

Sérgio Nobre comemorou a criação de um Ministério para tratar exclusivamente de políticas específicas para micro e pequenas empresas, anunciada pelo governo federal, por que o setor emprega metade dos trabalhadores na indústria.

“As dificuldades enfrentadas por essas empresas são diferentes”, destacou. “Elas não conseguem competir internacionalmente e estão ameaçadas de fechar. Se isso acontecer, 50% dos trabalhadores ficarão desempregados. Não podemos permitir isso”, disse. 

Desenvolvimento
O dirigente acrescentou que é uma preocupação permanente da CUT garantir melhores condições de trabalho nestas empresas e para isso elas têm que se desenvolver.

“Algumas micro e pequenas empresas não oferecem sequer plano de saúde para os trabalhadores, tal a situação de penúria que chegaram. Precisamos reverter esse quadro”. destacou.

Concluindo, Sérgio Nobre enfatizou a importância do papel da indústria na construção de políticas sociais permanentes.

“Queremos que o povo avance com educação pública de qualidade, saúde pública que atenda a população e seja eficaz, sistema previdenciário para que todos os trabalhadores possam envelhecer com dignidade. Quem pode criar essa possibilidade é uma industrial forte e inovadora. Matar a indústria é matar o nosso projeto de desenvolvimento”, concluiu.

Da Redação