Indústria demandará 7,2 milhões de técnicos até 2015, diz estudo
A indústria brasileira vai precisar de 7,2 milhões de trabalhadores de nível técnico e em áreas de média qualificação para preencher a demanda das empresas até 2015. A constatação está no estudo Mapa do Trabalho Industrial, divulgado nesta quinta-feira pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que mapeia quais as áreas que mais vão precisar de mão de obra qualificada.
Do total estimado pela pesquisa, 1,1 milhão serão novas vagas, que devem ser criadas em função do crescimento da produção industrial do país nos próximos três anos. A qualificação necessária vai desde cursos para padeiros e cozinheiros industriais, até supervisores de produção de indústrias químicas e petroquímicas.
Na distribuição regional da demanda por esses mais de sete milhões de técnicos, o Sudeste lidera.
Ao todo, a região necessitará de 4,13 milhões de técnicos, seguido pelo Sul, com 1,5 milhão. Em seguida vem Nordeste (845 mil), Centro-Oeste (383 mil) e Norte (294 mil).
Setores em alta
A indústria de alimentos está entre os setores que mais vai demandar trabalhadores com ensino técnico ou qualificação média nos próximos três anos. Na sequência, diferentes segmentos aparecem como demandantes de operadores de máquinas.
A pesquisa aponta que apenas o setor de alimentos, incluindo cozinheiros industriais, vai demandar 174 mil trabalhadores. Operadores de máquina para costura de peças de vestuário mais 88,6 mil. Preparadores e operadores de máquinas pesadas para a construção civil (81,8 mil), mecânicos de manutenção de máquinas industriais (63,4 mil) e mecânicos de manutenção de veículos automotores (62,9 mil) também vão demandar mão de obra com qualificação média.
Nas áreas técnicas, profissionais técnicos de controle de produção (88,7 mil), técnicos em eletrônica (39,9 mil) e técnicos em eletricidade e eletrotécnica (28 mil) também vão ter forte procura pelas indústrias.
Apenas o Estado de São Paulo vai demandar 2,53 milhões de técnicos e trabalhadores com qualificação média nos próximos três anos. O segundo Estado com maior demanda deve ser o Rio de Janeiro, com 664,5 mil profissionais.
Do Valor Econômico