Indústria brasileira cria quase 1 milhão de postos de trabalho entre 2007 e 2010

Mesmo afetada pela crise financeira mundial de 2008, a indústria brasileira criou 920 mil vagas entre os anos de 2007 e 2010. Pesquisa Industrial Anual divulgada hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que com o aumento o setor empregava 8,4 milhões de pessoas em 2010, indicando uma recuperação da economia.

O levantamento também mostra que mais fábricas foram abertas de 2009 a 2010. No último ano da pesquisa, em comparação com o primeiro, foram criadas 671 unidades, alcançando um total de 299.753 mil em 2010. No entanto, o número de indústrias ainda é um pouco menor (3,2%) que o identificado em 2008, de 309.089.

No período, a receita líquida de vendas apurada pelo IBGE foi de aproximadamente R$ 2 trilhões, o que significa uma média de R$ 6,5 milhões por empresa. Segundo a pesquisa, a receita de 2007 alcançou R$ 1,4 trilhão, que passou para R$ 1,7 trilhão no ano seguinte – antes de refletir efeitos da crise, que provocaram a redução da receita das indústrias para R$ 1,6 trilhão em 2009.

Por outro lado, o aumento de gastos com pessoal e os investimentos foram constantes. O montante destinado a salários e remunerações entre 2007 e 2010 passou de R$ 194 bilhões para R$ 278 bilhões. A parcela aplicada em equipamentos e plantas industriais subiu de R$ 117 bilhões para R$ 145,1 bilhões. Nessa categoria, mais da metade dos recursos foram destinados à compra de máquinas.

Entre os seis itens que compõem os custos e despesas das indústrias, a maior parte corresponde ao consumo de matérias-primas (44,2%), seguido por outros custos e despesas (29%), além de pessoal (14,6%). Na outra ponta, o item pagamentos de serviços prestados a terceiros e manutenção fica com 3,6% e o de percentual destinado para o pagamento de combustível e energia elétrica fechou em 2,8%.

Feita com dados do Ministério do Trabalho, a pesquisa do IBGE mostra ainda que, em 2010, valor agregado aos produtos pela indústria alcançou R$ 602,6 bilhões. Teve maior participação o setor de alimentos, que corresponde a 12,1% do total e superou pela primeira vez o segmento fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis.

Da Agência Brasil