Sindicato espera recuperação do setor automotivo após medidas
Ações do governo para estimular à produção e o consumo atendem as reivindicações feitas pelos Metalúrgicos do ABC há um mês, mas resultado não será imediato
Sérgio Nobre, presidente do Sindicato. Foto: Luciano Vicioni
As medidas anunciadas na segunda-feira (21) pelo governo federal para estimular o setor automotivo no Brasil estão corretas e atendem as reivindicações feitas pelo Sindicato há um mês, afirmou nesta terça-feira (22) o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre. Mas alertou que o resultado não será imediato.
“Nós reconhecemos o esforço do governo, mas não podemos esquecer que existe um tempo de maturação. O governo deu o remédio. Agora, é esperar o efeito”, disse. O dirigente lembrou que os reflexos desta ação devem começar a aparecer no segundo semestre desse ano e que a categoria deve acompanhar atentamente essa movimentação.
“Não vamos achar que está tudo resolvido e abaixar as armas. O comportamento dos bancos em relação à liberação de crédito é fundamental para que as medidas se efetivem. Vamos continuar na luta”, prosseguiu.
Caminhões
Sérgio Nobre disse que a recuperação da confiança na economia e o fim dos estoques do Euro 3 é o que levará o mercado de caminhões a inverter o processo de queda nas vendas, que vem sofrendo desde o ano passado.
“Esse setor é muito mais complicado que o de automóveis. As medidas facilitam a recuperação do mercado e é esta confiança no crescimento que pode melhorar as vendas de caminhões no Brasil”, explicou o presidente.
Bancos
Segundo Sérgio Nobre, a liberação de compulsório – parte do dinheiro dos clientes que os bancos são obrigados a deixar no Banco Central – anunciada com as medidas, ajuda a ampliar o crédito para financiamentos, também reivindicada pelo Sindicato.
“Com essa liberação do compulsório, os bancos perdem o argumento de risco, que vinham justificando para restringir o crédito”, observou.
Da Redação