Conselho Automotivo busca conteúdo regional
Com a participação do presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, órgão tem até 2014 para atingir as metas do Novo Regime do Setor
Paulo Cayres, presidente da CNM/CUT (1º à esquerda, na foto) e Sérgio Nobre (terceiro na foto), participaram do primeiro encontro do Conselho, em Brasília. Foto: ASCOM/MDIC
O Conselho de Competitividade do Setor Automotivo do Plano Brasil Maior terá como objetivo fortalecer a cadeia de fornecedores e viabilizar o cumprimento pelas montadoras do conteúdo regional, produtos produzidos no Brasil e no Mercosul, exigido pelo Novo Regime Automotivo.
A decisão foi tomada durante seu primeiro encontro, realizado no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), na última terça-feira, em Brasília, coordenado pela secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério, Heloisa Menezes.
“Foi uma reunião muito dinâmica, objetiva e representativa porque estavam presentes os principais atores – trabalhadores, empresários, sindicatos, centrais sindicais”, disse o presidente do Sindicato Sérgio Nobre, que integra o Conselho.
“A intenção do governo federal é que o órgão agilize os debates e estabeleça as políticas para o segmento automotivo o mais rápido possível”, destacou o dirigente.
Metas
Por isso as propostas urgentes como a de qualificação profissional e certificação de produtos devem ser encaminhadas para o MDIC até o dia 4.
Já as metas de fortalecer a cadeia de autopeças; estimular as exportações de veículos e autopeças; aumentar a inovação, o valor agregado à tecnologia, a segurança e a eficiência energética dos veículos produzidos no País; aumentar a capacidade produtiva e a formação e qualificação da mão de obra têm até 2014 para serem apresentadas.
Importância do Setor é destaque em primeira reunião
A primeira reunião do Conselho discutiu os pontos fortes, as oportunidades e as ameaças do segmento. Dados de 2010 mostram que o faturamento do segmento chegou a R$ 180 bilhões (5% do PIB nacional e 23% do PIB industrial).
Outros destaques são o tamanho do mercado nacional – 4º maior do mundo, 7º sétimo maior produtor e com alto potencial de crescimento nos próximos anos – e a relevância da indústria automotiva para a economia brasileira.
A produção local diversificada – veículos leves, comerciais, máquinas agrícolas, rodoviárias e autopeças – com geração de 1,4 milhão de empregos (diretos e indiretos) também foi um ponto positivo levantado.
Riscos
Entre os desafios a serem superados estão a valorização do real em relação ao dólar, o aumento nas importações de veículos e autopeças e componentes eletrônicos.
Os conselheiros também consideraram como riscos ao setor a escassez de engenheiros, tecnólogos e técnicos formados no país e os custos mais altos no Brasil, em relação a outros países, para lidar com a burocracia, com aspectos regulatórios e com a legislação tributária.
Da Redação