Dilma vai anunciar Conselhos Setoriais no próximo dia 3 de abril

Metalúrgicos do ABC fizeram panfletagem nesta terça, em Brasília, pelo fim do imposto na PLR.
Foto: Saulo Cruz / Agência Câmara

Em reunião mantida nesta terça-feira (27/3) no Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio, em Brasília (MDIC), com o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, e representantes de seis centrais sindicais, a ministra interina Heloísa Meneses, anunciou que no próximo dia 3 de abril o governo federal vai, finalmente, iniciar as atividades dos Conselhos Setoriais de Competitividade.

A própria presidenta Dilma Rousseff vai abrir os trabalhos e instalar, no mesmo dia, os Conselhos dos setores químico, petroleiro, da defesa e da construção civil.

“Há tempos pressionávamos pela abertura dos Conselhos, que são câmaras setoriais compostas por representes dos trabalhadores e empresários com o objetivo de municiar os 19 comitês executivos do Plano Brasil Maior na elaboração de diagnósticos e diretrizes para os diferentes setores da economia”, explicou Sérgio Nobre.

O Conselho do setor automotivo não deve ser aberto no dia 3 porque as discussões sobre o Novo Regime Automotivo Brasileiro ainda serão aprofundadas.

A decisão do adiamento foi tirada no encontro no MDIC. Sindicalistas e governo marcaram nova reunião para a próxima sexta-feira, dia 30, no mesmo local, para voltar ao tema.

“De maneira geral, os representantes do governo dizem que concordam com as posições dos metalúrgicos do ABC e apoiam nossas sugestões quando defendemos maior conteúdo nacional, empregos de qualidade, desenvolvimento da engenharia e ferramentaria nacionais”, prosseguiu Sérgio Nobre.

Segundo o presidente do Sindicato, os técnicos do governo também agradeceram as contribuições que a categoria tem enviado para resolver o problema da indústria.

“É muito bom saber que eles concordam. Mas só na sexta-feira vamos saber se eles realmente apoiam nossas propostas”, concluiu Sérgio Nobre. 

Metalúrgicos do ABC panfleteiam Congresso
Cerca de 90 trabalhadores na base estiveram na manhã desta terça no Congresso Nacional, em Brasília, onde visitaram os gabinetes de todos os deputados federais para defender o fim da cobrança de imposto de renda na PLR.

Os companheiros pressionaram os parlamentares para votar o projeto de lei do deputado federal Vicentinho (PT-SP), que isenta a cobrança. A matéria acabou não sendo votada porque a pauta do Congresso foi travada.

“Todos nos receberam com muita simpatia e nenhum disse não imediatamente, embora os apoios tenham sido diferentes”, comentou Adauto de Oliveira, o Sapinho, membro do Sistema Único de Representação (SUR) na Ford, um dos coordenadores da delegação do Sindicato.

Segundo ele, os deputados do PT, por exemplo, foram totalmente simpáticos a medida, que consideram justa. O mesmo aconteceu com a maioria dos integrantes da base aliada. Já os integrantes da oposição, embora não tenham rejeitado, preferiram dizer que vão analisar o projeto de Vicentinho.

Da Redação