Fabricação de caminhões cai e derruba atividade na indústria

Foi o sexto mês consecutivo de queda na industria, segundo a CNI

 

Rossana Lana / SMABC

A atividade da indústria brasileira recuou em fevereiro pelo sexto mês consecutivo atingindo 46,5 pontos, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da sondagem industrial.

A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e 14 de março com 1.883 empresas, das quais 683 de pequeno porte, 710 médias e 490 grandes.

Os indicadores variam de zero a 100. Valores acima de 50 indicam aumento da atividade, do emprego, acúmulo de estoques indesejados e uso do parque fabril acima do usual.

Já valores abaixo de 50 pontos indicam recuo da atividade, do emprego e dos estoques.

Um dos motivos do recuo foi a queda de 28,8 na produção de caminhões em fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Anfavea (associação das montadoras).

O problema afeta fortemente os metalúrgicos do ABC, já que 55% da fabricação nacional dos veículos é feita na região.

Exemplo da chegada dos problemas são os anúncios de férias coletivas feito por algumas montadores de São Bernardo. A Mercedes-Benz vai parar de 2 a 11 de abril, enquanto a Scania e a Ford estariam negociando uma paralisação de dez dias.

Segundo a Anfavea, foram produzidos 11.974 caminhões em fevereiro de 2012, ante 16.806 em fevereiro de 2011. A fabricação de veículos responde por 10% a 11% da taxa da produção industrial.

Da Redação