Demanda global por aço aumentará 6% em 2011 e 2012, diz OCDE

Instituição alertou, no entanto, que o aumento dos preços e as preocupações climáticas podem inviabilizar tendência

A demanda global por aço deverá aumentar em 2011 e 2012 graças à China e aos mercados emergentes, afirmou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório. A instituição alertou, no entanto, que o aumento dos preços e as preocupações climáticas podem inviabilizar essa tendência.

O aumento da urbanização e construção em economias emergentes deverá impulsionar um crescimento de 6% anualmente da demanda por aço em 2011 e 20112, de acordo com o relatório da OCDE.

No entanto, embora a recuperação da indústria tenha sido mais rápida que a esperada desde a desaceleração econômica mundial ocorrida há 3 anos, “a tendência pode ser colocada em causa” se os preços do aço continuarem a subir, destaca o relatório.

“Os governos e a indústria terão que explorar políticas para assegurar um abastecimento seguro, previsível e acessível” para os produtores, disse a instituição.

As atividades de construção e manufatureira na China subiram para acompanhar o ritmo de crescimento da segunda maior economia do mundo, onde uma classe média crescente também elevou o consumo de carros.

Enquanto isso, a produção de aço no Japão, o maior exportador da matéria-prima do mundo, está perto de retornar aos níveis observados antes do terremoto que atingiu o país no dia 11 de março, destaca o relatório, acalmando os temores sobre uma crise de abastecimento.

“No geral, o impacto do terremoto sobre a indústria japonesa deverá ser menor do que o previsto originalmente”, ressaltou a OCDE. “Durante o longo prazo, o trabalho de reconstrução deverá gerar uma demanda adicional por aço e a acelerar a taxa de crescimento econômico do Japão”, acrescentou o documento.

O relatório da instituição também pediu para que os governos utilizem rapidamente novas tecnologias para reduzir as emissões de gases da indústria do aço, a maior emissora de dióxido de carbono.

O relatório da OCDE afirma também que o desenvolvimento econômico esperado durante o século 21 vai exigir cada vez mais quantidades crescentes de aço e a redução das emissões de gases provenientes da fabricação de aço para níveis compatíveis com uma economia de baixo nível carbono não pode ser realizada com a tecnologia atual. As informações são da Dow Jones.

Da Agência Estado