Emprego Apoiado quer facilitar o acesso das pessoas com deficiência ao trabalho

Coordenador da Comissão de Metalúrgicos com Deficiência do ABC, Sebastião Ismael de Sousa, o Cabelo

Os Metalúrgicos do ABC incentivam a criação da Associação Brasileira de Emprego Apoiado (Abea), nova entidade que terá o objetivo de facilitar o acesso das pessoas com deficiência ao mercado de trabalho. O evento de fundação da entidade será dia 9, às 8h30, no Dieese São Paulo, e a sede será em São Bernardo, em local a ser definido.

“O Emprego Apoiado é algo novo no Brasil e é fundamental para acompanhar o processo de inserção dos deficientes no mercado de trabalho”, explicou o coordenador da Comissão de Metalúrgicos com Deficiência do ABC, Sebastião Ismael de Sousa, o Cabelo (foto).

“Os trabalhadores serão acompanhados por uma equipe até ficarem independentes. Não é só conseguir um posto de trabalho, é verificar se o trabalhador está gostando do que faz e buscar um plano de carreira”, afirmou Cabelo.

O assunto é discutido no âmbito do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em conjunto ao Instituto de Tecnologia Social (ITS BRASIL). Os Metalúrgicos do ABC participam da discussão desde o início, em 2013.

“É a primeira vez no mundo que o movimento sindical participa de projetos de Emprego Apoiado. É uma inovação”, explicou o gestor de projetos do ITS Brasil, Jesus Carlos Delgado Garcia, um dos principais articuladores do Emprego Apoiado no Brasil.

A Lei de Inclusão Social, de 2004, obriga empresas com mais de100 trabalhadores a ocuparem de 2% a 5% das vagas com deficientes.

“A lei é um avanço, mas é preciso avançar mais. Hoje o empregador é quem escolhe qual tipo de deficiência vai contratar e grande parte escolhe as mais leves”, ressaltou o dirigente.

Com a criação da entidade, o Sindicato apresentará o projeto aos RHs das empresas da categoria. “Será o próximo passo para inserir e integrar cada vez mais os deficientes no mercado de trabalho”, concluiu Cabelo.

O Emprego Apoiado nasceu há mais de 30 anos nos Estados Unidos como uma metodologia para inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho formal.

Também pode ser aplicada para pessoas com dificuldade em encontrar um emprego, como mulheres em situação de violência.

Da Redação