Trabalho precário assola o mundo

Seminário Internacional debateu o tema nesta quarta-feira (27)


Representantes sindicais estrangeiros participaram da mesa. Foto: Rossana Lana / SMABC

A crise econômica mundial deixou mais de 30 milhões de trabalhadores desempregados por todo o planeta em 2008. Agora, que aos poucos estas vagas começaram a ser reabertas, os novos postos são precários. Isto é, não tem registro profissional nem a maioria dos demais direitos como férias, 13º salário etc. Para piorar a situação, uma nova onda de flexibilização varre o mundo e ataca ainda mais os direitos dos trabalhadores.

Para combater esse novo avanço neoliberal, as melhores medidas são incentivar a sindicalização em massa e promover uma luta mundial pela globalização dos direitos dos trabalhadores, baseada na cooperação.

Esta foi conclusão do Seminário Internacional contra o Trabalho Precário, realizado na manhã desta quarta-feira com a participação de 40 delegados, representando 21 países diferentes, no início do 8º Congresso da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT, em Guarulhos (SP).

A situação mais grave apresentada durante o seminário foi a da Colômbia, onde apenas 4% dos trabalhadores são sindicalizados, mais de 2.800 dirigentes sindicais foram assassinados nos últimos anos e 60% da mão de obra empregada está na informalidade.

Nos EUA o cenário é parecido, com só 7% dos trabalhadores sindicalizados e milhões de desempregados, na maior crise que atingiu o país desde 1930. Além disso, governadores da oposição ao presidente Barack Obama promovem um ataque direto aos direitos dos trabalhadores em vários Estados.

Outro exemplo é a Espanha, onde o desemprego está em 20% e o governo incentiva uma brutal política neoliberal que beneficia empresários e ataca trabalhadores, aumentando a precarização. Já na Rússia, está para ser votada uma lei que transforma todos os trabalhadores do País em terceirizados.

Da Redação