MTE firma parceria para implantação do Jovem Aprendiz na rede bancária

Acordo eleva percentual de contratações de aprendizes para 7%. Jovens serão capacitados a partir da metodologia de arcos ocupacionais

Um acordo assinado na semana passada entre o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, e a Federação Nacional de Bancos (Fenaban), em São Paulo (SP), aumentou de 5% para 7% a cota mínimia de aprendizes nos bancos privados. Os estabelecimentos terão um ano para cumprir a nova meta, que deve garantir o primeiro emprego a mais de 6 mil jovens de baixa renda.

Por lei, toda empresa de médio e grande porte é obrigada a destinar ao menos 5% das funções que exigem formação profissional a aprendizes de 14 a 24 anos. O ministro elogiou a iniciativa do segmento, lembrando que o setor tem um dos mais altos índices de aproveitamento de aprendizes: quase 60% dos jovens são posteriormente contratados.

“Este é mais um importante passo no enorme desafio de construir uma sociedade mais justa, que dê mais oportunidades. O compromisso que vocês hoje assumem mostra a força do nosso sistema bancário”, afirmou Lupi, fazendo menção ao bom desempenho do segmento durante os meses que se seguiram à crise financeira internacional de 2008.

Na modalidade de aprendizagem, os jovens são contratados com carteira assinada e executam tarefas sob a orientação de profissionais. Eles também realizam cursos de formação, e os menores de 18 têm jornada reduzida para que não tenham seus estudos prejudicados.

O acordo com a Fenaban prevê que o processo de seleção dos aprendizes terá mecanismos para garantir a inclusão dos candidatos de maior vulnerabilidade social. Ele também garante aos jovens o pagamento de auxílio alimentação, não obrigatório, mas que desde 2007 já vem sendo concedido pelas empresas da área.

Arcos Ocupacionais – Outro compromisso assumido pelos bancos é o de utilizar na qualificação dos aprendizes o modelo de arcos ocupacionais desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), hoje usado nos cursos financiados pelo ministério. Neste modelo os estudantes são treinados a exercer diferentes profissões dentro da mesma área, o que amplia sua chance de conseguir um emprego posteriormente.

O diretor de Educação Continuada da Fenaban, Fábio Morais, anunciou que a federação irá lançar no próximo ano um programa interno para dar continuidade ao treinamento dos aprendizes – a duração desse tipo de contrato é de, no máximo, dois anos. A entidade também irá publicar uma cartilha para divulgar os termos do acordo no segmento.

 

Do site do Ministério do Trabalho