Trabalhador tem direito de escolher onde solicitar seu crédito consignado, diz CUT

CUT São Paulo critica Prefeitura de São Paulo por dar exclusividade a banco

A prefeitura de São Paulo rescindiu os contratos de administração de folhas de pagamento dos servidores públicos do município. Os responsáveis pelo serviço eram os bancos Itaú Unibanco e Bradesco, e agora passa a ser atribuição do Banco do Brasil.

Para isto, o município desembolsou 96 milhões de reais referentes à rescisão contratual. Em contrapartida o Banco do Brasil pagou um valor em torno de 726 milhões de reais para prestar os serviços durante cinco anos.

Com esta ação, a prefeitura ficou com um saldo positivo de 630 milhões de reais. Segundo o prefeito Gilberto Kassab os recursos serão utilizados para obras da expansão do metrô. O problema é que este banco ficou com a exclusividade do crédito consignado.

A Central Única dos Trabalhadores do Estado de São Paulo sempre lutou e propôs juntamente com outros bancos a criação do crédito consignado para que o trabalhador não fique refém de instituições financeiras e assim forçar os bancos a baixarem os juros e dar acesso àqueles que precisam de crédito mais fácil, e mais barato fazendo com que grande parte da economia viesse a crescer.

A competitividade entre os bancos para saber quem ofereceria o menor juro fez com que o crédito consignado se tornasse um sucesso. Portanto, o princípio das condições mais favoráveis é fundamental para as pessoas que precisam deste serviço.

A prefeitura de São Paulo está na contra mão. Entendemos como positivo o fato de ter rompido o contrato com os bancos privados e ter transferido a folha de pagamento para um banco público, porém, o prefeito comete um equívoco uma vez que não se pode garantir exclusividade do crédito consignado para uma única instituição financeira, seja ela pública ou privada.

Queremos que haja liberdade para as pessoas optarem qual o banco e as melhores condições para tomar o empréstimo, ou seja, manter o princípio desta modalidade de que é oferecer as condições mais favoráveis ao trabalhador.

 

DA CUT-SP