Postos de trabalho cresceram 2,1% em um ano, aponta Ipea

Entre 2006 e 2007, foram criadas 1,7 milhão de vagas no País

Da Agência Brasil

 

Um estudo organizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007, destacou o aumento de 2,1% no número de postos de trabalho no Brasil em um ano. Entre 2006 e 2007, foram criadas 1,7 milhão de vagas. Havia 79,7 milhões de postos de trabalho em 2006. No ano passado, esse número chegou a 81,4 milhões.

O aumento ocorreu principalmente no mercado de trabalho formal e houve ainda uma diminuição dos postos de trabalho vinculados à informalidade, ou seja, empregados sem carteira assinada ou que trabalham por conta própria. Essa contagem inclui o trabalho não-remunerado ou aquelas pessoas que trabalham para consumo próprio ou construção para fins próprios. O grau de informalidade passou de 55,1% para 54,1% entre 2006 e 2007.

Além do aumento no número de empregos, o Ipea destacou o crescimento de 3,2% na renda média das pessoas ocupadas. Esse rendimento médio atingiu o maior patamar desde 1996, mesmo com a inclusão na última Pnad da população da área rural da Região Norte, que representou 2% da população analisada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo do Ipea aponta que o crescimento acumulado da renda média das pessoas ocupadas nos últimos dois anos foi de 10,5% e a massa de rendimentos entre 2005 e 2007 ficou próxima a 15%.

Outro ponto destacado na análise do Ipea é que as oportunidades de trabalho surgiram mais para as pessoas com maior nível de estudo, o que vem provocando uma mudança no perfil da força de trabalho no Brasil. Em 1992, 35% da força de trabalho estava nas mãos de trabalhadores com até três anos de estudo e apenas 19% estavam com os trabalhadores com 11 anos ou mais de estudo.

Já em 2001, houve uma inversão. A força de trabalho com mais de 11 anos de estudo passou a ser maior do que a das pessoas que tinham até três anos de estudo. Os brasileiros que estudaram mais somavam 30% da força de trabalho e os que estudaram menos ficaram reduzidos a 24% desse mercado.

Em 2007 essa diferença ficou ainda maior. As pessoas com até três anos de estudos representaram apenas 16% da força de trabalho, enquanto aquelas com mais de 11 anos de estudo participaram com 41%.