Ato em defesa do Pré-Sal abraça prédio da Petrobras no Rio

Durante manifestação em defesa do pré-sal organizada pela Central Única dos Trabalhadores, a CUT; demais centrais; confederações; federações e sindicatos, centenas de trabalhadores deram um abraço simbólico, ontem, no prédio da sede da Petrobras, no Rio.

Presente ao ato, o ex-presidente Lula afirmou que a população do País deve se orgulhar da estatal brasileira. “Fiz questão de vestir a camisa da Petrobras para esta manifestação. A empresa orgulha os trabalhadores e os brasileiros por tudo que a Petrobras representa para a Nação”, disse.

Lula lembrou que o pré-sal é o passaporte para o futuro. “Quem está contra os 75% dos lucros do pré-sal para a educação e 25% para saúde?”, questionou. “Certamente não é nenhum trabalhador, nenhum brasileiro que ama o Brasil”, completou.

Sem citar nomes, com a declaração Lula criticava o programa de governo de Marina Silva, que pretende reduzir a exploração de petróleo do pré-sal.

A proposta vai em direção contrária ao anunciado pela presidenta Dilma, de continuar com os investimentos no setor – que vão render R$ 1,3 trilhão até 2022 – e destiná-los à educação e saúde.

Com Dilma, a produção no pré-sal atingiu a marca histórica de 540 mil barris diários, apenas oito anos após a descoberta de uma das maiores jazidas do planeta.

Graças ao pré-sal, cujas reservas estão estimadas em 35 bilhões de barris, o Brasil ampliará a produção até 2020, chegando a 5,2 milhões de barris diários, tornando-se um dos maiores exportadores mundiais de petróleo.

Em vez de entregar a maior parte dessa riqueza do povo brasileiro a empresas estrangeiras, desde 2003 o governo federal optou subordinar a exploração do pré-sal ao projeto de desenvolvimento industrial e tecnológico do País, dinamizando várias cadeias produtivas.

Rafael participa do ato em São Paulo

Em manifestação com o mesmo objetivo da realizada no Rio de Janeiro, sindicalistas organizaram ato na manhã de ontem diante do prédio da estatal na capital paulista.

O presidente do Sindicato, Rafael Marques, também se referiu indiretamente a Marina Silva, ao afirmar durante a atividade que considera irresponsável uma campanha eleitoral tentar comprometer a maior empresa brasileira.

Rafael explicou que especuladores aproveitam esses boatos para provocar a queda no preço das ações da estatal e comprar os papeis na baixa. Quando as ações se valorizam, são vendidas por quem provocou sua queda, que obtém nesta transação lucros milionários.

“Quem ganha com essa especulação não é a Petrobras, os companheiros na empresa ou os trabalhadores brasileiros. São apenas os especuladores, pessoas que trabalham pela privatização da estatal”, denunciou Rafael.

“Por isso somos contra a privatização da Petrobras e de qualquer outra estatal ou banco público brasileiro, pois quando a situação aperta é nelas que procuramos apoio”, prosseguiu o dirigente.

“O modelo econômico que defende o fortalecimento dessas empresas tem se mostrado o melhor para quem trabalha nelas e para os milhares que estão empregados nos setores que dependem da estatal”, finalizou Rafael.

Da Redação