Última palavra sobre correção do FGTS será do STF
“A discussão sobre a aplicação da Taxa Referencial, a TR, como índice de correção dos saldos das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS, continua pendente do Judiciário”.
A afirmação é do vice-presidente do Sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva (foto), ao lembrar que desde fevereiro deste ano todas as ações com este questionamento, inclusive as três apresentadas pelo Sindicato, foram suspensas por determinação do Superior Tribunal de Justiça, o STJ, em Brasília.
“Esta suspensão é para que o STJ tome uma decisão que sirva como parâmetro para os processos em andamento em todas as instâncias e tribunais”, destacou Aroaldo.
O dirigente lembrou que segundo o ministro do STJ que tomou esta decisão, Benedito Gonçalves, a medida evita insegurança jurídica, geralmente causada pela grande quantidade de processos, juízes e órgãos do Judiciário envolvidos nos julgamentos.
“Até hoje não há data marcada para o julgamento da ação onde o STJ suspendeu o andamento dos processos”, disse Aroaldo. “Mas, independente desse julgamento, é praticamente certo que essa discussão termine no Supremo Tribunal Federal, o STF, responsável pelo julgamento de causas que questionem leis ou a Constituição Federal, como neste caso”, concluiu.
Leia a entrevista com o vice-presidente Aroaldo à Tribuna sobre os processos do FGTS
Tribuna Metalúrgica – O Sindicato entrou com ações para recuperar as perdas nas contas do FGTS dos trabalhadores?
Aroaldo – Sim. Os Metalúrgicos do ABC apresentaram três processos que abrangem toda a categoria. Os pedidos de revisão do FGTS foram feitos nos Tribunais Regionais Federais de São Bernardo, que compreende também a base de Diadema; em Mauá, para os trabalhadores de Ribeirão Pires; e em Santo André, para os companheiros de Rio Grande da Serra.
TM – Estes processos já foram resolvidos?
Aroaldo – Os três processos abertos pelo Sindicato só serão julgados após o STJ definir sua posição sobre a validade da TR para a correção do FGTS, já que nem sempre ela reflete a inflação.
TM – A posição do STJ valerá para todos os processos em andamento?
Aroaldo – Sim. Ela servirá como parâmetro para os juízes que analisarão as ações em andamento no País.
TM – O STJ tem prazo para julgar esta ação onde dará um posicionamento?
Aroaldo – Não. Esta ação aguarda julgamento desde fevereiro deste ano, quando as ações dos Metalúrgicos do ABC também foram suspensas.
TM – Depois do julgamento pelo STJ é possível recurso?
Aroaldo – Sim. Quem perder ainda pode recorrer ao STF, tribunal onde geralmente terminam as ações que envolvem o FGTS.
Veja os processos protocolados em http://goo.gl/SUjhTc
Da Redação