Banco de Desenvolvimento do Brics terá sede em Xangai, presidente indiano e CEO brasileiro
A sede do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) será na capital da China, Xangai, e a primeira presidência do órgão será de um representante da Índia. O anúncio foi feito hoje (15) pela presidenta Dilma Rousseff após se reunir com os chefes de Estado dos países que compõem o bloco, em Fortaleza.
O capital inicial autorizado do banco será US$ 100 bilhões e o capital subscrito do banco será US$ 50 bilhões, igualmente distribuídos entre os cinco países que integram o Brics. O primeiro escritório regional do banco será na África do Sul, a primeira direção da equipe de governadores será da Rússia e a primeira direção da equipe de diretores será do Brasil. A presidência do banco será rotativa entre os integrantes do bloco.
O presidente Vladimir Putin, o primeiro-ministro Narendra Modi, a presidenta Dilma Rousseff, o presidente Xi Jinping e o presidente Jacob Zuma, em foto oficial na 6ª Cúpula do Brics Marcelo Camargo/Agência Brasil
“O banco representa uma alternativa para as necessidades de financiamento de infraestrutura nos países em desenvolvimento, compreendendo e compensando a insuficiência de crédito das principais instituições financeiras internacionais”, disse Dilma.
O acordo sobre o Novo Banco de Desenvolvimento e o tratado para estabelecer o Arranjo Contingente de Reservas do Brics foram assinados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, os ministros das finanças da Índia e da África do Sul e pelo presidente do Banco Popular da China e do Banco Central da Rússia. O presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, compareceu ao evento ontem (14), mas hoje retornou à Brasília para reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Também foi assinado durante o evento hoje um memorando de entendimento para cooperação entre agências seguradoras de crédito a exportação dos Brics e um acordo para cooperação sobre inovação entre bancos de desenvolvimento dos cinco países.
Da Agência Brasil