Exportações brasileiras ficam 3,2% mais baratas em 2013

 

 O Brasil aumentou o volume exportado em 2013 em relação ao ano anterior e vendeu mais barato ao exterior, de acordo com levantamento realizado pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex). O recuo nos preços, contudo, ficou aquém da desvalorização cambial ocorrida no período.

No ano passado, o índice de preço das exportações totais medido pela fundação caiu 3,2%, enquanto o indicador de quantum dos embarques aumentou 3,1%. Em dezembro, ante o mesmo mês de 2012, os preços recuaram 2,2% e o quantum aumentou 7,8%.

Na divisão por classe de produtos, três apresentaram redução de preços: semimanufaturados (10,1%), manufaturados (2,8%) e básicos (1,8%). No recorte da Funcex por categorias de uso, apenas bens duráveis apresentaram alta de preços, de 3,2%. Em 2013, o real sofreu desvalorização de 15,3% em relação ao dólar. Os recuos mais expressivos ocorreram em combustíveis (7,9%) e bens intermediários (3%).

Em relação à quantidade exportada pelo Brasil, todas as classes de produtos embarcaram mais ao exterior: básicos, com alta de 1,1%, semimanufaturados, com alta de 2,7%, e manufaturados, com crescimento de 5,6%.

Apenas combustíveis, no recorte por categorias de uso, embarcaram menos em volume: 25,5%. Bens de capital, puxados pelas vendas de equipamentos de transporte exceto automóveis, aumentaram o quantum exportado em 20,8%. Bens duráveis também tiveram alta de 26,7%.

Importações

No ano passado, o Brasil também aumentou, e de forma substancial, o volume de compras externas. De acordo com levantamento divulgado nesta sexta-feira, 24, pela Funcex, enquanto o preço geral das importações recuou 1,2% ante 2012, o quantum importado aumentou 8,6%. Em dezembro, em relação ao mesmo mês de 2012, os preços recuaram 0,4% e o volume aumentou 4,3%.

Os preços tiveram leve recuo em 2013, mesmo com a desvalorização do real, o que encareceu as compras externas. Na divisão por categorias de uso, houve recuo nos preços de bens intermediários (2,2%) e de combustíveis (2,6%). Por outro lado, bens de capital e bens duráveis e não duráveis ficaram 1,9%, 1,7% e 0,8% mais caros, respectivamente.

Em relação ao volume, o maior aumento aconteceu em combustíveis, 19,3%. O resultado, contudo, ficou inflado com os registrados realizados em 2013 referentes a importações do fim de 2012.

Além dos derivados de petróleo, houve forte incremento no volume de compras de bens intermediários e bens de consumo não duráveis: 8,9% e 8,2%. A indústria também demandou maior quantidade de bens de capital importados, que registrou alta de 2,8%.

A única queda em quantum aconteceu em bens de consumo duráveis: 5,3%.

 

Do Valor Econômico