Inadimplência no Brasil cai a 5% em outubro, diz Banco Central
Os spreads bancários – diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada aos clientes – e as taxas de juros mantiveram trajetória de alta em outubro no Brasil, num contexto de elevação da taxa básica de juros (Selic) para combater à inflação, ao mesmo tempo em que a inadimplência mostrou leve arrefecimento, informou o Banco Central nesta quinta-feira. A inadimplência geral no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres ficou em 5% em outubro, abaixo da taxa de setembro, quando registrou 5,1%.
Considerando os recursos totais, abrangendo também o crédito direcionado, a inadimplência ficou em 3,2% inferior aos 3,3% de setembro. Em outubro, o spread bancário foi de 18,4 pontos percentuais no segmento de recursos livres, acima dos 17,8 pontos vistos em setembro. No crédito total, o spread subiu para 11,6%, frente a 11,2% no mês anterior.
O BC informou ainda que a taxa média de juros no segmento de recursos livres fechou outubro em 29,0%, 0,6 ponto superior à vista no mês anterior. No crédito total, os juros ficaram em 19,8% em no mês passado, também maior que os 19,4% apurado em setembro.
No período, o estoque total de crédito no Brasil subiu 0,5%, chegando a R$ 2,610 trilhões no mês passado, ou 55,4% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas do País).
Os indicadores de crédito continuam influenciados pela alta dos juros básicos para controlar a inflação. Em mais uma etapa desse aperto, na noite passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, para 10% ao ano, alterando o comunicado, deixando em aberto sinalizações sobre as próximas decisões de política monetária.
Do Terra