Brasil e China intensificam parceria com visita de Temer
As trocas entre o Brasil e a China atingiram US$ 80 bilhões em 2013
O Brasil e a China firmaram hoje (6) o Plano Decenal de Cooperação para o período de 2013 a 2022 na 3ª reunião da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), em Cantão, na China. O plano fora acordado em 2012, na visita do primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, ao Brasil, em 2012.
No encontro, que teve a participação do vice-presidente Michel Temer, as relações entre a China e o Brasil foram elevadas à parceria estratégica global.
Durante o encontro, foi feita uma avaliação positiva do contato bilateral, do desempenho nas áreas comercial, de investimentos e da cooperação em ciência, tecnologia, inovação, cultura educação. As trocas entre o Brasil e a China atingiram US$ 80 bilhões em 2013.
Ficou acertado na reunião intensificar o esforço conjunto para diversificar mais a relação sino-brasileira, com ênfase em agricultura, energia e infraestrutura.
A Cosban é o mecanismo de encontro permanente de mais alto nível entre os governos do Brasil e da China, com a participação dos vice-chefes de governo dos respectivos países.
“A bem-vinda participação de empresas chinesas no consórcio para a exploração do Campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, abre importantes novas perspectivas para nossa atuação conjunta no setor de petróleo e gás. Estimulo a participação chinesa nesses empreendimentos, que haverão de fortalecer ainda mais nosso conhecimento e confiança mútuos, com ganhos compartilhados”, disse o vice-presidente Michel Temer.
“Estamos abertos a investimentos chineses no Brasil, em especial nas áreas ferroviária, de portos, aeroportos e rodovias. Muitos desses projetos estão inseridos no contexto maior da integração física na América do Sul, o que os torna ainda mais atraentes para investimentos externos”, declarou o vice-primeiro ministro chinês, Wang Yang.
Os dois países reiteraram a necessidade de cooperar no âmbito do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), do G20 – grupo das 20 maiores economias mundiais -, e do Basic – formado por Brasil, África do Sul, Índia e China -, sobre mudança do clima.
Da Exame