Aumentos reais em 2012 são os maiores já registrados

Pesquisa Dieese apontou que 95% de 704 negociações salariais da indústria, comércio e serviços conquistaram os melhores reajustes desde o início do levantamento, em 1996


Foto: Reprodução

Os aumentos salariais no ano passado foram os melhores dos últimos 16 anos, tanto em quantidade de reajustes acima da inflação, quanto em relação ao valor médio dos aumentos reais.

Cerca de 95% das 704 negociações salariais dos ramos da indústria, comércio e serviço conquistaram aumentos reais de salários em 2012. Outras 4% tiveram reajustes igual ao índice de inflação e 1% teve reajuste menor.

“Isto é uma prova que mesmo em momentos de maior dificuldade, como foi no ano passado, a economia brasileira está tão forte que continua trazendo boas notícias para os trabalhadores”, avaliou Wagner Santana, o Wagnão, secretário-geral do Sindicato.

Esses números fazem parte do balanço das negociações de reajustes salariais do Dieese, divulgado este mês. Desde 1996 o departamento faz a pesquisa. O parâmetro para medir os aumentos é a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Economistas avaliam que em 2013 os acordos salariais devem continuar acima da inflação, principalmente por causa da retomada da indústria e do baixo desemprego. “Mesmo assim, será um ano de recuperação, pois o crescimento econômico ainda não é o ideal”, ponderou Wagnão.

Indústria em destaque
Mesmo com desempenho abaixo do esperado no ano passado, a indústria apresentou o maior índice de aumentos reais, com 97,5% de conquistas.  O setor também foi o único que não registrou reajustes abaixo da inflação.

A seguir veio o comércio, com 96,4% de aumentos reais. Em seguida o setor de serviços, com 89,5%.

A indústria também liderou os aumentos reais, com alta média de 2,04%, contra 2% do comércio e 1,81% dos serviços.

Levando em conta as regiões brasileiras, o Nordeste teve mais aumentos reais de salário, 96,7%. Na sequência aparece o Centro-Oeste, 96,1%; o Sudeste, 95,1%; o Sul 94,2%; e o Norte; 88,1%.

Da Redação