Banco do Brasil e Caixa baixam seus juros e aumentam lucros
Bancos públicos mostraram que o Sindicato está certo em sua luta contra os juros altos
Teonílio Monteiro, o Barba. Foto: Paulo de Souza / SMABC
Os balanços divulgados pelo Banco do Brasil (BB) e pela Caixa Econômica Federal (CEF) mostraram que o Sindicato está certo quando afirma que juros baixos podem aumentar os lucros das empresas porque um número maior de pessoas vai atrás de melhores ofertas.
Segundo dados oficiais de 2012, mesmo após diminuir os juros para os menores índices de suas histórias, o BB registrou lucro de R$ 12,2 bilhões (crescimento de 0,7%) e a CEF lucrou R$ 6,1 bilhões (crescimento de 17,1%).
Estes resultados colocaram pela primeira vez as duas instituições entre as cinco maiores do ramo financeiro do País. O BB perdeu, por pouco, apenas para o Itaú, o maior banco privado do País, que faturou R$13,6 bilhões.
Melhor adaptação
Já a Caixa ficou pouco atrás do Santander, que lucrou R$ 6,3 bilhões. O terceiro colocado foi o Bradesco, que acumulou lucros de R$ 11,4 bilhões no ano passado.
“Os bancos públicos se adaptaram melhor a uma nova realidade brasileira de inclusão social e juros baixos”, analisou o diretor de Administração do Sindicato, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba.
“Com esta visão mais ampla, decidiram ampliar seu potencial para atingir um número maior de camadas da população e tiveram sucesso”, prosseguiu.
“O resultado geral dos lucros obtidos pelos bancos públicos e privados é a prova que reduzir os juros no Brasil dá lucro”, destacou Barba.
Banco lacrado na ZF, em agosto de 2012, na luta por juros menores. Foto: Divulgação
Categoria também conquista taxas menores
Na opinião de Barba, o que torna estes números ainda melhores é que seu alcance favorece um número bem maior de pessoas que os clientes habituais dos dois bancos públicos ou da rede privada.
Prova disto, ainda conforme dados oficiais, é que enquanto o sistema financeiro de modo geral apresentou uma alta de 16% nas operações de crédito, o BB contabilizou uma elevação de 25% nestas operações e a Caixa registrou crescimento de expressivos 45%.
O diretor Administrativo do Sindicato lembrou que os Metalúrgicos do ABC também contribuíram para a redução de juros nos bancos que atendem em empresas da base.
“Durante todo o ano passado, CSEs em várias fábricas realizaram diversos atos, negociaram e conquistaram juros menores, seguindo o exemplo dado pelos bancos públicos”, destacou.
Da Redação