94% dos pisos tiveram aumento real, diz Dieese

Metade dos pisos pesquisados não superava R$ 600

A maior parte dos pisos salariais conquistou aumentos reais ano passado, que variou entre 2% e 10%. É o que mostra levantamento do Dieese ao analisar 660 convenções coletivas de trabalhadores em vários setores da economia.

Na média, os índices de aumento real ficaram na faixa de 3% a 4%. No caso dos metalúrgicos da CUT, ficaram entre 4,5% e 10%.

Já reajustados, o levantamento aponta que a metade deles vale até R$ 600,00, enquanto o maior valor registrado foi de R$ 2,6 mil. O valor médio foi de R$ 669,16.

Em 31% das negociações de 2010 foram definidos pisos salariais únicos. As demais (69%) apresentaram mais de um. Os critérios para definir os valores foram por função (47,3%), tempo de serviço (20%) e tamanho da empresa (10,5%), como no caso dos metalúrgicos, exceto montadoras, cujo piso é único.

Apesar dos números positivos nos reajustes, segundo o Dieese, “é notável como são baixos pisos salariais pagos no Brasil”. O salário mínimo necessário em 2010 para um trabalhador sustentar sua família, também calculado pela entidade, foi de R$ 2.110,26.

Da Redação