Na crise, Brasil reduz em um milhão o número de pobres
PNAD mostra redução da pobreza e aumento da renda; grande mídia esconde desempenho
Na maior crise do capitalismo mundial desde 1929, um milhão de brasileiros deixou a pobreza no ano passado, conforme os dados da PNAD-2009 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), processados pelo economista Marcelo Neri, da FGV (Fundação Getúlio Vargas). O número de pobres caiu de 29,8 milhões para 28,8 milhões em um ano; eles representam agora 15,32% da população brasileira, contra 16,02% em 2008. A renda média dos domicílios brasileiros –soma de salários, aposentadorias, benefícios sociais etc– cresceu 3,6% ao ano desde 2004. No ciclo tucano, de 1998 a 2003, caiu, em média, 4% ao ano. Outro dado da pesquisa: em 2009, a renda dos 40% mais pobres cresceu 3% contra 1% dos 10% mais ricos.
No telejornal Bom Dia Brasil desta quinta-feira (09/09, o jornalista Renato Machado preferiu dar outra interpretação aos números da PNAD. “O Brasil teve atrasos, muitos deles gritantes. O brasileiro não tem acesso à rede de água e esgoto”, disse o apresentador do telejornal. Já a comentarista Miram Leitão disse que o “saneamento melhora muito devagar”, A própria comentarista disse que, em 1992, 46% da população era servida por redes de saneamento, enquanto que, em 2009, o número passou para 60%.
Do ABCD Maior, com informações do site Carta Maior (www.cartamaior.com.br) e do blog Conversa Afiada (www.conversaafiada.com.br)