Primeira parcela da PLR alcança R$ 188 milhões nas empresas da base

Crescimento econômico e mobilização dos trabalhadores foram responsáveis por bons acordos

Balanço parcial dos acordos de PLR assinados até agora na categoria mostram que, apesar das negociações apresentarem um grau de dificuldade maior, eles alcançam um número maior de trabalhadores.

Esses acordos significam cerca de R$ 188 milhões somente na primeira parcela. Até o final da campanha esse acumulado pode atingir R$ 400 milhões.

A produção em alta faz com que os trabalhadores criem expectativas de conquistar um percentual maior que a inflação sobre o valor do ano passado, dificultando as negociações.

“É um bom problema. Exige mobilização e, a partir daí, é possível construir acordos à altura do desejo dos trabalhadores”, comentou Davi Carvalho, da Regional Diadema. Ele disse que as negociações de PLR continuam em muitas empresas, prevendo o desenvolvimento da campanha pelo segundo semestre do ano.

Em Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, todos os acordos até agora assinados têm valores bem superiores ao do ano passado. “As negociações são difíceis, mais travadas, já que as pequenas e médias empresas alegam que ainda se recuperam dos efeitos da crise. Mesmo assim, vamos garantir a PLR para um número maior de trabalhadores”, afirmou o coordenador dessas duas cidades, Nelsi Rodrigues da Silva, o Morcegão.

“Cerca de 3 mil trabalhadores já estão contemplados e esse número vai ser superior a 4 mil”, acredita.

Em São Bernardo, aumentou o número de empresas assinando acordo de PLR, inclusive naquelas onde ainda não existe Comitê Sindical.

“O cenário econômico fez com que os patrões não tivessem o argumento das lágrimas e neste ano elas foram menores”, comparou Moisés Selerges, coordenador da cidade.

Por isso, segundo ele, o número de paradas foi menor, com as empresas reconhecendo a importância de colocar dinheiro no bolso do trabalhador. “Tivemos paralisações, muitas delas para mudar o conceito sobre a PLR, como o de pagar valor igual para todos os trabalhadores”, comentou.

Para Moisés, o cenário econômico é determinante. “Com crescimento, tudo fica melhor”, analisou.