Empresário brasileiro aposta em expansão do PIB em 2010, diz pesquisa

Dados mostram que 81% dos entrevistados esperam crescimento do PIB em 2010. Nos quesitos inflação, câmbio e juros é majoritária a avaliação de um cenário estável. No caso do comportamento dos preços, 59% acreditam em estabilidade

A maioria dos empresários brasileiros se mostra bastante otimista em relação à economia nacional para o próximo ano. Levantamento da Câmara Americana de Comércio (Amcham), em conjunto com o Ibope, aponta que 81% dos cerca de 500 entrevistados esperam crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010. Apenas 15% deles avaliam que a economia ficará estagnada e 3% acreditam que pode haver redução do PIB.

Nos quesitos inflação, câmbio e juros, é majoritária a avaliação de um cenário estável. No caso do comportamento dos preços, 59% do empresariado acredita em estabilidade e apenas 30% veem risco de elevação. Outros 11% apostam em queda dos preços.

No que diz respeito ao comportamento cambial, 62% dos entrevistados acreditam que a moeda brasileira ficará estável em relação ao dólar e 21% esperam valorização. Ou seja, a fatia dos que apostam em um real mais forte é maior do que aquela que acredita em uma depreciação, formada por 17% dos entrevistados.

Questionados sobre o comportamento da taxa básica de juros, 52% dos empresários avaliam que a Selic ficará estável no ano que vem. Uma parcela de 29% dos entrevistados aposta em aumento da taxa Selic e outros 19% avaliam que a taxa pode cair.

Também é positiva a perspectiva dos empresários em relação ao próprio negócio em 2010. Na avaliação sobre as vendas, 88% dos entrevistados acreditam em expansão, enquanto 77% apostam em lucro maior.

Quando questionado sobre a perspectivas de investimentos para o próximo ano, 58% do grupo entrevistado acredita que os aportes serão crescentes. Outros 38% avaliam que os investimentos ficarão estáveis. A maioria dos empresários também vê possibilidade de expansão das operações, com 65% do grupo prevendo ampliação, enquanto 32% estimam que a operação deve se manter nas condições atuais.

A percepção sobre participação de mercado também é otimista. Dentre os entrevistados, 62% esperam elevar sua fatia no segmento em que atuam, enquanto 36% deles aguardam manutenção do status atual.

No que diz respeito à mão de obra, os empresários se mostram um pouco mais divididos. No total, 52% esperam contratar pessoal, enquanto 42% pretendem manter a força de trabalho. Apenas 6% pensam em reduzir a folha de pagamento.

Do Valor Online