Vendas de carros usados têm leve alta

No levantamento, houve alta média de 2,8% frente ao mês anterior. No entanto, em relação ao mesmo período de 2008, os números de comercialização ainda são 26% menores

As vendas de carros usados mostraram pequena melhora em setembro, na comparação com os números de agosto, aponta pesquisa do Sindicato do Comércio Varejista de Veículos Usados e Associação dos Revendedores Independentes de Veículos Automotores no Estado de São Paulo (Sindiauto/Assovesp).

No levantamento, feito com lojistas em todo o Estado, as duas entidades assinalam que houve alta média de 2,8% frente ao mês anterior. No entanto, em relação ao mesmo período de 2008, os números de comercialização ainda são 26% menores.

Ainda de acordo com o estudo, no Grande ABC, as lojas multimarcas também ampliaram (na média em 7%) as vendas no mês frente a agosto, apesar do desempenho muito inferior (queda de 56%) ao de setembro do ano passado.

Depois da forte retração no segmento, em função da crise financeira global, desde o fim do ano passado e início deste ano, os revendedores observam que as condições do crédito começaram a voltar aos níveis de 2008. Podem ser encontradas taxas de até 1,3% ao mês.

Entretanto, a retomada é lenta e os resultados, considerados fracos. Nelson Gomes da Silva, proprietário da Nelsinho Multimarcas, de Santo André, cita que hoje os juros não são o principal entrave nos negócios. “Mas continua a dificuldade de aprovação (dos cadastros por parte das financeiras)”, diz o empresário.

EXPECTATIVA – A expectativa dos lojistas é de números mais expressivos neste mês e em novembro, quando, tradicionalmente, a demanda se aquece no segmento.

Elias Baradelli, gerente da Qualyvel Multimarcas, também de Santo André, conta com o aumento da procura, que está demorando para chegar. “Tem de melhorar, mas ainda não começou a aquecer”, assina.

É o que também observa o vendedor Jackson Cavalcante, da revenda Auto Total, de São Bernardo. “Ainda está devagar”, afirma.

Para os revendedores, a volta gradual do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre os carros novos – que pode significar distância maior entre o preço do zero-quilômetro em relação ao do usado – não contribuiu, por enquanto, para impulsionar as vendas do comércio multimarca. “As concessionárias estão segurando os preços para desovar os estoques”, avalia Cavalcante.

Do Diário do Grande ABC