Indústria cresce e acelera superação da crise mundial

Agosto foi o melhor mês para a indústria após o agravamento da crise. Embora ainda esteja 10,6% abaixo do pico de produção atingido em setembro passado, o ritmo de recuperação demonstra que a indústria trabalha com a perspectiva de superação da crise financeira

Com o avanço de 2,2% entre junho e julho, o aumento no ritmo de atividade da indústria foi disseminado entre todos os setores, atingindo 23 dos 27 ramos pesquisados mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o melhor mês para a indústria após o agravamento da crise. Embora ainda esteja 10,6% abaixo do pico de produção atingido em setembro passado, o ritmo de recuperação demonstra que a indústria trabalha com a perspectiva de superação da crise financeira agravada naquele mês.

Entre as categorias de uso, ainda na comparação mês a mês anterior, o setor de bens de consumo duráveis (4,6%) sustentou o maior ritmo de crescimento, na passagem de junho para julho, seguido por bens intermediários (2,0%) com ritmo próximo ao do total da indústria (2,2%), enquanto bens de capital (1,4%) e bens de consumo semi e não duráveis (1,0%) cresceram abaixo da média.

O comportamento positivo da atividade industrial, em julho, confirmou a trajetória ascendente do índice de média móvel trimestral nos últimos cinco meses. Na indústria geral, o acréscimo observado neste indicador, entre junho e julho, foi de 1,3%, acelerando o ritmo frente ao mês anterior (1,0%), com bens de consumo duráveis exibindo o maior incremento (3,6%), vindo a seguir, bens de capital (1,5%) e bens intermediários (1,4%). O setor de bens de consumo semi e não duráveis registrou a segunda taxa negativa consecutiva (-0,2%).

Máquinas e equipamentos acumularam ganho de 11,6% – O desempenho de maior importância para o resultado global veio de máquinas e equipamentos (8,9%) que, após forte queda no final do ano passado, acumulou ganho de 11,6% entre abril e julho.

Também merece destaque o avanço de 4,5% na metalurgia básica, que mostra crescimento por quatro meses consecutivos, influenciado, neste mês, pelo retorno a operação de alguns alto fornos, seguido por alimentos (1,9%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (12,1%), borracha e plástico (5,6%), minerais não metálicos (3,6%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (4,5%).

Por outro lado, as principais quedas vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,3%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,1%). A atividade de veículos automotores, após acumular um ganho de 69,2% de janeiro a junho, fica praticamente estável em julho (0,1%).

Do Em Questão