PIB fecha 2008 com expansão de 5,1%, de acordo com IBGE

Em valores correntes, 2008 totalizou R$2,9 trilhões. Per capita, o PIB atingiu R$ 15.240, um crescimento de 4% frente ao ano anterior

O Brasil fechou 2008 com uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,1%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira (10). O PIB em valores correntes de 2008 totalizou R$ 2,9 trilhões. Per capita, atingiu R$ 15.240, um crescimento de 4% frente ao ano anterior.

“A média anual de crescimento do PIB nos últimos dez anos (1999-2008) foi de 3,3%, e a do PIB per capita foi 2,0%”, apontou Rebeca Palis, gerente de Contas Trimestrais do IBGE. “A média anual dos últimos 5 anos (2004-2008) do PIB foi 4,7%, e do per capita (3,5%)”, explica.

A taxa de investimento (FBCF/PIB) ficou em 19% em 2008 ante 17,5% em 2007. A taxa de poupança (poupança/PIB), por sua vez, foi de 16,9% em 2008, com recuo em relação a de 2007, que tinha sido de 17,5%.

Entre os setores, a agropecuária foi a atividade com maior crescimento no ano passado, de 5,8%. Os destaques positivos na produção agrícola do ano foram: trigo (47,5%), café em grão (25,0%), cana (19,2%), milho em grão (13,3%), arroz (9,7%), feijão (5,0%) e soja (3,4%).

A indústria fechou o ano com alta de 4,3%, com destaque para a construção civil (8,0%). Em seguida, veio a eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (4,5%). A extrativa mineral subiu 4,3%, em decorrência, principalmente, do crescimento anual de 5,2% na produção de petróleo e gás e de 1,9% na produção de minério de ferro. A indústria da transformação apresentou elevação de 3,2%.

No setor de serviços, que registrou crescimento de 4,8%, as maiores altas vieram dos subsetores de intermediação financeira e seguros (9,1%), serviços de informação (8,9%) e comércio (6,1%).

Consumo das famílias cresce pelo quinto ano
Na análise da demanda, a despesa de consumo das famílias registrou seu quinto ano consecutivo de alta, de 5,4%. A formação bruta de capital fixo cresceu 13,8% frente a 2007, no maior crescimento anual desde 1996.

No setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram queda de 0,6% e as importações de bens e serviços elevação de 18,5%.

A taxa de investimento no ano de 2008 foi de 19,0% do PIB, a maior desde o início da série iniciada em 2000. Já a taxa de poupança alcançou 16,9% do PIB, inferior à taxa apresentada nos quatro anos anteriores.

Entenda o que é o PIB
O Produto Interno Bruto representa o total de riquezas produzido num determinado período num país. É o indicador mais usado para medir o tamanho da economia doméstica. No Brasil, o cálculo é realizado pelo IBGE, órgão responsável pelas estatísticas oficiais, vinculado ao Ministério do Planejamento.

O cálculo do PIB leva em conta o acompanhamento de pesquisas setoriais que o próprio IBGE realiza ao longo do ano, em áreas como agricultura, indústrias, construção civil e transporte. O indicador inclui tanto os gastos do governo quanto os das empresas e famílias. Mede também a riqueza produzida pelas exportações e as importações.

O IBGE usa ainda dados de fontes complementares, como o Banco Central, Ministério da Fazenda, Agência Nacional de Telecomunicações e Eletrobrás, entre outras.

Da Redação, com informações do G1 e da Agência Estado