Metalúrgicos criam a rede sindical latino-americana da ArcelorMittal

Um passo importante foi dado pelos Trabalhadores na ArcelorMittal, que criaram uma rede sindical regional da América Latina, que irá além das barreiras de cada planta em nível local, nacional e mundial

Representantes dos sindicatos filiados da FITIM, em locais onde há plantas da ArcelorMittal, reuniram-se nos dias 22 e 23 de março no Rio de Janeiro e acordaram um plano de ação que formaliza a criação de uma rede sindical regional dos Trabalhadores na ArcelorMittal na América Latina.

Estiveram no encontro, representantes sindicais de plantas da empresa na Alemanha, África do Sul, Argentina, Brasil, Estados Unidos, Espanha, Marrocos e México, que durante os dois dias discutiram um plano de ação para a formação da rede. Os sindicalistas manifestaram a importância da criação do grupo, que se encarregará de prestar solidariedade entre os trabalhadores em nível local, regional e mundial.

Práticas antissindicais, organização local, saúde, segurança e meio ambiente, Trabalhadores terceirizados, negociação coletiva, respeito e cumprimento das resoluções internacionais da OIT, são alguns dos temas que se definiram como prioridades da rede. Também a importância de serem reconhecidos pela empresa, nas diversas plantas da região.

Uma das primeiras ações será a formalização dos coordenadores locais, nacionais e um coordenador técnico regional. Vale lembrar que a rede e a FITIM se comprometeram a trabalhar em Trinidad y Tobago e na Venezuela, para integrá-los à rede regional.

A Federação Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas se comprometeu a prestar assistência técnica para que a rede avance e se organize nas próximas semanas e também entregue as ferramentas para que a rede se desenvolva de forma independente, que trabalhe a partir das fábricas até as instancias regionais e mundiais.

“Este foi um encontro histórico para os Trabalhadores na ArcelorMittal que atuam na plantas da América Latina. A criação da rede regional vai tornar muito mais eficaz a luta dos companheiros por mais e melhores condições de trabalho nas plantas da empresa na região”, afirmou o secretario de Finanças da CNM/CUT, José Wagner de Oliveira, que também é representante dos metalúrgicos brasileiros no Comitê Mundial de Saúde e Segurança da ArcelorMittal.

Via CNM/CUT