17 acordos fechados

Entra hoje no quarto dia a greve que metalúrgicos do ABC fazem nas fábricas dos Grupos 9 e 10 que não apresentaram proposta na campanha salarial.

Devido a mobilização, o Sindicato conseguiu dobrar o número de acordos fechados de terça-feira para ontem.

Até a tarde de ontem, companheiros de 17 empresas dos dois setores já contam com acordo que garante o pagamento do reajuste de 9,57% a partir de 1º de setembro. O índice inclui 4% de aumento real e 5,37% de reposição das perdas.

Retorno
Cresce a mobilização, crescem os acordos”, analisou o presidente do Sindicato, José Lopez Feijóo. Além do acordo, os patrões se comprometeram a pressionar seus sindicatos para fechar uma proposta coletiva que abranja toda a categoria no Estado.

Em algumas empresas os metalúrgicos nem precisaram parar porque as fábricas preferiram assinar direto. Na Conexel e Makita, onde a greve começou na segunda-feira, os companheiros voltaram ao trabalho ontem cedo.

Estratégia
“Isso é resultado da nossa mobilização”, avaliou Feijóo. “É a luta da categoria que faz com que as empresas assinem bons acordos para os metalúrgicos do ABC”, concluiu ele.

A estratégia aprovada na assembléia da sexta-feira passada é fazer greve apenas nas indústrias que não querem conversa e nem aceitam discutir a antecipação da data-base para setembro.

O pessoal que trabalha nas empresas de Fundição não está parado porque a negociação com a bancada patronal deste grupo está avançando e pode ser concluída amanhã.

Acordos assinados

. Grupo 9
Diadema: Kenpack – SMS – Selmec – CM – Eika – Delta
São Bernardo: Conexel – Makita – Panex – Exacta Master – Labortub – Cabomat – Zema Zselics

. Grupo 10
Diadema: Bonfio
São Bernardo: Usimatic – SEA
Santo André: Gedel

Fábricas Paradas
Otis Mark Grundfos Evacon Papaiz Udinese TMBevo Ausbrand

No interior 
Pararam ontem os metalúrgicos na Marchesan, em Matão; Alcan e Bundy, em Pindamonhangaba; e Pirelli, em Sorocaba.