Campanha salarial chega na reta final

As negociações da
campanha salarial dos metalúrgicos
da CUT estão na
reta final. A expectativa é
que até o final desta semana
os patrões apresentem as
contrapropostas às nossas
reivindicações.

No domingo tem assembléia
decisiva: ou a categoria
vota as propostas ou
define as formas de organização
da luta. Nesta semana
acontecerão negociações
com as montadoras, grupo
3 (autopeças, forjaria e parafusos)
e grupo 2 (máquinas
e eletrônicos).

Proposta de acordo,
até agora, foram apresentadas
pelos grupos 8 e 2,
ambas rejeitadas. O grupo
8 (esquadrias, artefatos de
metal etc.) ofereceu apenas
a reposição das perdas e o
grupo 2 reposição e mais
1,5% de aumento real.

Na última sexta-feira,
a Federação Estadual
dos Metalúrgicos da CUT
(FEM-CUT) se reuniu com
a bancada do grupo 3.

As conversas giraram
em torno da criação do
programa de formação e
da valorização no piso do
setor, considerado o mais
baixo (R$ 607,20 empresas
até 100 trabalhadores) em
comparação aos pisos dos
demais setores. “Desde o
início prevíamos que o ambiente
das negociações não
seria fácil porque deixamos
claro que os reajustes deverão
ser compatíveis ao
crescimento dos segmentos,
que têm sido bastante positivo
no último período”,
afirmou Valmir Marques,
o Biro-Biro, presidente da
FEM-CUT.

Mobilização na Conexel atrasa produção

Os companheiros e
companheiras na Conexel,
fábrica do grupo 2 de São
Bernardo, atrasaram, ontem,
a entrada em uma hora,
em mobilização da campanha
salarial.

Assim como nas demais
assembléias, o pessoal
reafirmou disposição de luta
se até domingo não houver
proposta. “A gente começa
a semana com novos protestos
no setor”, afirmou
Juarez Barros, o Buda, diretor
do Sindicato.

Durante essa semana,
o Sindicato segue com as
assembléias de mobilização,
convocando a categoria
para domingo. “Temos de
fazer uma assembléia representativa
e encher a rua do
Sindicato para a categoria
mostrar sua disposição de
luta”, finalizou Buda.