Trabalhadores na Delga rejeitam proposta de PLR e na Grob aprovam pagamento da primeira parcela

Na Proema, os companheiros cruzaram os braços pela lentidão nas negociações


Os companheiros na Delga, em Diadema, rejeitaram a proposta de PLR em assembleia, nesta quarta-feira (24). Os motivos são o baixo valor e as formas de pagamento. Em protesto, aprovaram o envio de aviso de greve para a fábrica.

Para Claudionor Vieira, diretor do Sindicato, a atitude mostra que todos estão mobilizados, pois se sentiram desrespeitados. “A Delga já se recuperou da crise, trabalha até com horas extras e tem condições de atender a nossa reivindicação”, afirmou o dirigente.

Agora, os companheiros aguardam a retomada das negociações em busca de um entendimento. Se isso não ocorrer, eles prometem intensificar as mobilizações.

Grob

O Sindicato também realizou assembleia nesta quarta com os trabalhadores na Grob, em São Bernardo, para comunicar a antecipação da primeira parcela da PLR, no dia 20 de julho.

Ainda há dois pontos em debate para definir o valor total. Depois disso, os trabalhadores fazem nova assembleia.

O diretor executivo Carlos Alberto Gonçalves, o Krica, explica que o Sindicato e a comissão de PLR entenderam ser importante avaliar o primeiro semestre para poder construir um acordo melhor.

“A antecipação é importante, pois mantém os mesmos parâmetros de 2008 e dá tranqüilidade para a comissão e o Sindicato seguirem conversando com a Grob”.

Produção para na Proema

Os companheiros na Proema 1, de São Bernardo, cruzaram os braços por um hora e meia na manhã desta quarta-feira por causa da lentidão nas negociações da PLR. O protesto serviu também para denunciar o autoritarismo das chefias, que pressionam por hora-extra.

Segundo Evando de Novaes Alves, do Comitê Sindical, a orientação do Sindicato é para os companheiros não fazerem hora extra neste período de negociação de PLR. “A hora extra atrapalha porque a gente não consegue medir as metas com precisão”, explicou.

Braços cruzados No entanto, na terça-feira as chefias pressionaram um grupo de trabalhadores a antecipar a jornada de quarta-feira das 14h para às 10h. “Nossa resposta foi parar quando o pessoal chegou. Pedimos para voltarem no horário habitual e cruzamos os braços por uma hora e meia para denunciar a postura autoritária dos chefes”, finalizou Evando.

Da Redação