Fibam demite e companheiros fazem operação ´kinder ovo´

Empresa não dialoga com os trabalhadores e pune qualquer mobilização

Intransigência, repressão e falta de negociação. Essas são algumas características da Fibam, fábrica de parafusos em São Bernardo, que demitiu vários companheiros nesta segunda-feira por causa da mobilização em defesa de melhores condições de trabalho e respeito. Em resposta, os trabalhadores desencadearam a operação kinder ovo.

“Isso não vai amedrontar nem aos trabalhadores e nem ao comitê sindical”, afirmou Moisés Selerges, coordenador de base em São Bernardo.

A retaliação da fábrica começou no mês passado, quando os companheiros já haviam cruzados os braços por um dia depois que Gilvam Ferreira, o Piúla, do Comitê Sindical, foi suspenso quando encaminhava uma reivindicação que discutia plano de cargos e salários. Foi uma ´suspensão´ que os trabalhadores aplicaram à empresa. Logo após a paralisação, a Fibam cortou a cesta básica que era entregue todo mês.

Kinder ovo
A perseguição prosseguiu na sexta-feira depois do pessoal fazer um protesto exigindo o fim da truculência imposta pela chefia. “A empresa não dialoga com os trabalhadores. Além disso, a chefia é atrasada e intransigente faz um bom tempo”, descreveu.

Mesmo com toda a truculência, os metalúrgicos não se intimidaram e decidiram desencadear a operação kinder ovo. “Toda semana haverá um protesto surpresa até que a empresa ouça os trabalhadores”, completou Moisés.