Resistência continua na fábrica

A forte chuva dos últimos dias não quebrou o ânimo do pessoal na Makita, de São Bernardo, que permanece acampado diante da fábrica desde a sexta-feira passada. Naquele dia, a multinacional anunciou o fechamento da fábrica e demitiu todos os 285 trabalhadores.
As demonstrações de solidariedade com a luta chegam de toda a categoria, ajudando a manter o pique dos companheiros. Ontem, um grupo de metalúrgicos na Mercedes participou de ato conjunto. Também já estiveram por lá companheiros na Otis, Karmann Ghia, Magnetti Marelli, Ford e Scania.


O diretor Moisés Selerges comanda ato na Makita que teve a participação de companheiros na Mercedes


Ambiente

O clima no acampamento é de revolta contra a atitude da empresa, que até o último momento negava qualquer intenção de fechar a unidade. Há, também, muita raiva por sua tentativa de enganar os trabalhadores.

Isso ocorreu na manhã de sexta-feira, quando a Makita reuniu os companheiros no refeitório e tentou fazer com que todos assinassem seus pedidos de demissão e abrissem mão de processos, afirmando que o Sindicato tinha conhecimento de tudo. “Foi um gesto indigno e sorrateiro”, protestou Claudio Miranda, do Comitê Sindical.